A entrada das tecnologias digitais na vida das pessoas e das empresas trouxe inúmeros benefícios, não resta a menor dúvida. Mas administrar grandes volumes de dados, conservar informações pessoais e corporativas na nuvem para proporcionar as facilidades da Internet das Coisas (IoT) e manter máquinas, funcionários, fornecedores e clientes interligados numa cadeia produtiva exigem cuidados que, até bem pouco tempo atrás, eram impensados.
Dados da consultoria Garner Group apontam que a despesa global com segurança de IoT deverá crescer 23,7% neste ano em relação a 2015, alcançando a cifra de US$ 348 milhões. “O mercado de produtos de segurança da internet das coisas é atualmente pequeno, mas está crescendo com os consumidores e as empresas começando a usar dispositivos conectados em números cada vez maiores”, disse Ruggero Contu, diretor de pesquisa do Gartner, em evento recente. A consultoria prevê que 6,4 bilhões de coisas ligadas estarão em uso em todo o mundo em 2016, um aumento de 30% em relação a 2015, e chegará a 11,4 bilhões até 2018. “No entanto, existe uma variação considerável de níveis de conectividade e segurança em diferentes setores da economia”, acrescenta Contu.
O esforço de dar segurança ao ambiente da Internet das Coisas é esperado para concentrar-se cada vez mais sobre a gestão, a análise e o provisionamento de dispositivos e seus dados. “Na verdade, a força fundamental da escala e da adoção dos dispositivos de IoT não será totalmente alcançada sem serviços de segurança baseados em nuvem para fornecer um nível aceitável de operação de uma forma rentável”, afirma Contu.
A mesma realidade é encontrada nos processos de digitalização que chegam às áreas de manufatura das empresas e áreas de TI ocupadas em gerenciar grandes volumes de dados. “Na Linde, temos um processo em que todas as plantas industriais são gerenciadas remotamente, a partir de um centro de controle. Só assim, conseguimos ampliar nosso acesso a informações críticas. Mas os cuidados com a segurança da informação nesse ambiente são também ampliados”, explica Luis Gustavo Mamede, gerente de sistemas da Linde do Brasil, uma das líderes mundiais em tecnologia do setor de gases industriais e medicinais e também em engenharia de plantas.
Pesquisa global realizada pela empresa de consultoria PwC, com mais dois mil executivos de 26 países, aponta que existe uma ampla gama de preocupações em torno da segurança de dados, desde interrupções operacionais até o acesso não autorizado aos dados e danos à reputação da empresa. Há, no entanto, boas notícias. Muitos dos entrevistados estão confiantes de que eles fizeram grandes progressos nesse quesito. Apenas 16% acreditam que as questões em torno da segurança de dados e privacidade de dados estão entre os três maiores desafios a serem vencidos na implementação da indústria do futuro, pois existem avanços tecnológicos na área e políticas de combate aos riscos já estão mais claras. Fazer a segurança parte integrante de todos sistemas e processos pode ajudar a deter ataques e acelerar o tempo de resposta se eles acontecerem.
Saiba mais em Siemens.