A chamada Indústria 4.0 é fortemente embasada na automação que, por sua vez, se desenvolve a passos largos e atinge níveis de eficiência e excelência inimagináveis em um passado não muito distante. O desenvolvimento do mercado e da própria indústria, a necessidade da otimização de processos e a constante evolução tecnológica desembocam em um conceito eficiente de automação, que garante maior quantidade e qualidade e menor custo e uso do tempo.
Com o intuito de maximizar a confiabilidade de dados tanto quanto a produção – respeitando o consumo de energia e a emissão de resíduos –, a automação de muitas das indústrias brasileiras e estrangeiras eleva as condições de segurança e reduz esforços em prol da excelência de resultados.
Com sede na Alemanha, a Linde do Brasil, no País desde 1915, presente em cidades de diversos estados brasileiros, é uma das líderes mundiais em tecnologia do setor de gases industriais e medicinais e também em Engenharia de plantas e é forte exemplo na utilização de processos inovadores de automação.
Focada na expansão de seus negócios internacionais com produtos e serviços de vanguarda, a Divisão de Gases Industriais atende a diferentes demandas, como as áreas de alimentos e bebidas, gases especiais e metalurgia.
O passo inovador no processo de automação dado pela empresa atende pela sigla ROC – Centro de Operações Remoto. “Quando falamos de um centro de operações remoto, a primeira imagem que nos vem à mente é, obviamente, uma central de supervisão e operação efetiva de unidades de produção na região que opera à distância. No entanto, ao menos no caso do centro de operações Linde, integrações e ferramentas avançadas acabam por redefinir essa ideia inicial, excedendo, e muito, a função de apenas uma operação remota”, conta Luis Gustavo Mamede de Carvalho, gerente de sistemas para América do Sul.
Principais mudanças nos processos
A Linde concluiu, há cinco anos, a primeira fase de um projeto de integração de sistemas, o que permitiu executar análises dos processos industriais em tempo real e integrá-las ao sistema de alarmes, avisos, SMS e e-mails automáticos. Hoje, o centro é capaz de cruzar informações on-line com o desempenho das plantas e com ações de operação que estão sendo realizadas no momento exato, integrando instantaneamente todas essas fontes de dados com os sistemas de visualização e alarme do centro.
As informações relevantes para a operação, então, são exibidas em tempo real no centro, e mensagens são enviadas de forma imediata e direta às pessoas ou equipes que têm alguma ação relacionada à ocorrência ou informação detectada. “Esta centralização de operações, além de operar as plantas da região, é responsável pelo suporte a essas plantas, unindo especialistas em diversas áreas de manufatura e processo à automação e aos sistemas”, completa Luis Mamede.
Ganhos de produtividade e qualidade
O centro de operação da empresa em Jundiaí, São Paulo, é um dos mais modernos, integrados e inovadores centros de todo o grupo Linde, que possui operações em mais de 100 países da Europa, Ásia, África, Oceania e das Américas. Luis Mamede avalia que “a centralização facilita a medição e comparação e, com isso, a melhoria contínua de processos, práticas e da eficiência, o que traz resultados consistentes e sustentáveis”.
Em uma planta com padrão antigo de operação, localizada em algum estado remoto do País, o trabalho era isolado, com contato restrito e troca ocasional de experiências com outras plantas e outros processos produtivos do grupo. Embora a planta pudesse produzir de maneira eficiente, perdia em sinergia e, também, as oportunidades de evolução.
Com a integração dos sistemas e a automação dos processos, plantas como essa passaram a ser “lidas” de forma centralizada, juntamente com mais outras dez do mesmo porte e tipo. “Muito rapidamente, então, é notado e medido que a planta é mesmo eficiente, mas que há outra que funciona e produz o ano todo sem qualquer defeito. Com dados tão relevantes, podemos escolher aquilo que pode ser replicado a todas as outras plantas e processos de forma a termos ambos os resultados positivos, como um padrão”, explica Mamede.
Utilizando a centralização, a visão muito mais ampla e os recursos disponíveis para toda uma região – como especialistas de processos, engenheiros, químicos, etc. – passaram a ser uma realidade, maximizando os resultados com qualidade superior.
Diminuição de custos
No caso da Linde, as inovações tecnológicas e de automação permitiram diversos resultados, segundo o gerente de sistemas para América Latina. Otimização de processos e recursos com a aplicação de melhores práticas e análise em tempo real de eficiência e produções – com aplicação em melhoria contínua – são algumas das ações que garantiram custos menos elevados nas operações.
A leitura em tempo real de dados críticos de manutenção de máquinas e motores, como vibrações, temperaturas e eficiências, permitem predição de quebras e melhor planejamento de paradas de produção e manutenções. “Além de diminuir os custos, a automação melhora a qualidade de produtos e processos. Uma automação ampla, confiável e integrada é o passo inicial e essencial para melhora de qualidade. A partir daí, do controle e da medição, as possibilidades são imensas”, finaliza Luis.
Os números da Linde
– Atua em mais de 100 países
– Possui 65 mil funcionários
– Vendeu 17.047 bilhões de euros em 2014
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