A alemã Linde é uma das líderes mundiais em tecnologia do setor de Gases Industriais e Medicinais e Engenharia, com cerca de 65 mil funcionários, operações em mais de cem países da Europa, Ásia, África, Oceania e Américas e vendas de 17,047 bilhões de euros no ano de 2014. No Brasil, onde atua desde 1915, a companhia conta com cerca de 10 mil clientes.
Focada na expansão de seus negócios internacionais com produtos e serviços de vanguarda, a estratégia da Linde é obter resultados baseados no crescimento sustentável. Por esta razão, a empresa está comprometida com tecnologias e produtos que unam as necessidades do cliente com o desenvolvimento sustentável.
Em uma das frentes, a Linde vem adotando o conceito de digitalização de suas plantas industriais. De acordo com Luis Gustavo Mamede, gerente de sistemas para a América do Sul da Linde do Brasil, todo o processo começou com a coleta de dados, iniciada em 2007. “Hoje contamos com um universo de informações que vai desde o posicionamento de sensores nas máquinas até o acompanhamento de processos”, diz, ressaltando que o volume de informações gerados é grande, mas que as possibilidades de utilização são ainda maiores.
O executivo lembra que a instalação de sensores em suas máquinas tem gerado uma série de benefícios. De um lado, permite à companhia prever a quebra dessas máquinas com meses de antecedência, otimizando o trabalho das equipes de manutenção e reduzindo drasticamente o tempo de parada. Os mesmos sensores permitem analisar também o modelo de operação.
“Temos dois operadores que se revezam na mesma máquina e aí percebemos que ela produz mais com um deles. Hoje conseguimos identificar porque isso acontece, mapear que práticas permitem produzir 20% mais, por exemplo, e difundi-las, aumentando a produção em toda a fábrica”, explica.
A experiência com o monitoramento de máquinas vem de fora. Da Alemanha, a divisão de gases da Linde controla todas as suas plantas de separação de ar por meio de oito ROCs (Remot Operation Centers) implementados pela Siemens. Os centros contam com funcionalidades como o ALC (Automatic Load Control) e o LMPC (Linear Model Predictive Control), que permitem a operação contínua das unidades industriais, otimizando a área de trabalho, ampliando a produtividade e economizando energia.
A digitalização chegou também à área de logística da empresa, hoje integrada aos seus principais clientes. “No momento em que estou integrado, sei quando ele vai precisar do produto. Isso me permite planejar essa entrega de forma otimizada”, revela.
Essa integração permitiu que a Linde criasse seu Centro de Logística de Cilindros, localizado em Jundiaí (SP), dedicado ao gerenciamento das operações de entregas de cilindros de gases industriais e medicinais por todo o território brasileiro. Funcionando todos os dias da semana, 24 horas por dia, o Centro de Logística de Cilindros da Linde conta com sistemas de última geração, por meio dos quais as entregas são detalhadamente programadas, atendendo às necessidades de cada cliente em função de datas e horários mais indicados para cada entrega.
O Centro permite, sobretudo, que o processo de logística seja acompanhado em tempo real, o que garante que qualquer alteração no planejamento não prejudique o processo logístico. Contando com uma inteligência específica para a logística de cilindros, a Linde garante melhor custo-benefício em seus processos, repassando aos clientes maior efetividade nas entregas.
Mamede explica que a base para a implementação da digitalização é a integração de informações. “O grande desafio que temos é trabalhar com esse volume tremendo de dados. Para isso, as palavras-chave são integrar e colaborar “, diz.
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