Conheça cinco inovações que ajudaram a alavancar a produtividade no campo

Muito adotada no Brasil a partir da década de 1990, a técnica conservacionista consiste em realizar a semeadura sem revolver ou arar o solo, como acontecia antigamente. Nesse sistema, a matéria orgânica da lavoura anterior (milho, trigo, aveia) é mantida, formando uma cobertura de palha no terreno. O preparo da terra limita-se ao uso de plantadeiras que fazem pequenos sulcos para a introdução da semente. Além de proteger o solo e evitar a erosão, o plantio direto sequestra carbono da atmosfera e favorece a produtividade.

Em 2005, entrou em vigor a nova lei brasileira de biossegurança, que regulamentou o uso dos organismos geneticamente modificados (OGMs). Hoje, a maior parte do plantio de soja (92,3%), milho inverno (86,7%) e algodão (94%) no País é de variedades transgênicas, tolerantes a herbicidas e a insetos. Segundo um estudo da Agroconsult divulgado em 2018, a partir da introdução da transgenia, a produção de soja aumentou 300%, sem que isso representasse um avanço significativo de área. No milho não foi diferente: a produção cresceu 75%, enquanto o incremento de área foi de apenas 18%. Os ganhos de produtividade com as sementes transgênicas, de acordo com o estudo, foram responsáveis por um volume de produção adicional de 55,4 milhões de toneladas de grãos.

Como o próprio nome já diz, são produtos usados para defender a planta de pragas, fungos e ervas daninhas que prejudicam o desenvolvimento da lavoura. Tais insumos são prescritos por engenheiros agrônomos e, segundo a FAO, evitam uma perda anual entre e 20% e 40% da produção agrícola mundial. Em países tropicais, como o Brasil, com calor e chuva abundantes, esses produtos são ferramentas fundamentais para evitar a proliferação de doenças.

Consiste em um conjunto de maquinários, ferramentas e metodologias para otimizar o manejo de lavouras e a utilização de insumos agrícolas. No Brasil, a adoção do sistema remonta à década de 1990. De lá pra cá, os softwares de gestão da propriedade rural e a automação no campo têm contribuído para o uso racional de fertilizantes e defensivos agrícolas. Hoje, as máquinas agrícolas estão cada dia mais modernas, utilizam GPS e fazem o mapa de produtividade do terreno, o que permite ao fazendeiro realizar a aplicação de adubo em taxa variável, de acordo com a necessidade de cada talhão.

É um passo adiante da agricultura de precisão e designa o conjunto de informações coletadas por sensores de máquinas agrícolas, dispositivos de estações meteorológicas, satélites, softwares e drones que atuam na lavoura. Por meio da conectividade, esses dados chegam ao agricultor. No entanto, é um grande desafio decodificar as milhares de informações geradas. Por isso, empresas estão investindo em Inteligência Artificial (IA) para traduzir os dados coletados em relatórios, que ajudem – ainda mais – na automação da lavoura e auxiliem o agricultor na tomada de decisões estratégicas, que facilitem o sensoriamento remoto da propriedade rural.