Nos dias atuais, é um grande desafio para o agricultor se manter informado diante da velocidade com que as novas tecnologias vêm à tona. Essa constatação levou a da Corteva AgriscienceTM a lançar o projeto Expedição da Agricultura para a Vida. Trata-se de um programa de capacitação em boas práticas agrícolas. Por meio dele, um caminhão adaptado percorre as regiões produtoras do Brasil e do Paraguai com uma equipe de consultores, que dá treinamento nas áreas demandadas pelas equipes de campo.
O programa é baseado em cinco pilares: manejo integrado de pragas, manejo de doenças, ervas daninhas, tecnologia de aplicação e segurança do trabalhador. “O objetivo é capacitar produtores, técnicos agrícolas e consultores para que eles sejam multiplicadores da informação na localidade onde trabalham”, diz Jair Maggioni, coordenador do Programa de Boas Práticas Agrícolas da Corteva.
O público-alvo do treinamento são pessoas que tenham alguma formação na área para conseguir absorver o conteúdo aprofundado, que é ministrado por pesquisadores, professores e consultores parceiros. Desde o lançamento do projeto, em 2016, até hoje, 2.500 pessoas já passaram pelos cursos do Expedição da Agricultura para a Vida. “No ano passado, estivemos em 19 localidades do Brasil e do Paraguai e, neste ano, devemos percorrer 22 cidades do Brasil”, diz o coordenador do projeto.
Educação para a inovação
Não se trata de um evento para divulgar os produtos da marca Corteva, mas de uma iniciativa educativa para que os fazendeiros aproveitem da melhor maneira as tecnologias disponíveis. “Às vezes, eles esquecem práticas tradicionais que deviam estar usando no dia a dia no campo”, diz Maggioni.
As turmas são compostas por cerca de 20 pessoas. A capacitação tem duas etapas de cerca de 3 horas e 30 minutos a 4 horas no total. Na primeira, os participantes recebem o conhecimento teórico numa sala de aula construída dentro do caminhão. Para envolver e segurar a atenção dos ouvintes, o módulo conta com jogos interativos, que transmitem o conteúdo de maneira lúdica.
“No ano passado, estivemos em 19 localidades
do Brasil e do Paraguai e, neste ano,
devemos percorrer 22 cidades do Brasil”,
diz o coordenador do projeto.
Na fase seguinte, a aula é ministrada numa barraca fora do caminhão. Lá, os participantes têm a parte prática voltada para a aplicação dos produtos. “Temos um equipamento que simula a deriva, a perda de produto pelo arraste pelo vento”, conta Maggioni. Dessa forma, os participantes conseguem notar qual o efeito do vento de acordo com a “ponta” do implemento agrícola que ele usa para aplicar o produto.
Para facilitar a compreensão, a equipe do projeto fez réplicas em 3D e em tamanho ampliado dessas pontas, já que na realidade elas têm de 3 a 4 cm. “Fizemos um corte transversal para o pessoal entender qual é a função de cada uma delas e por que cada tipo de ponta produz um tamanho de gota diferente”, explica o coordenador. O objetivo é que os participantes saiam do treinamento sabendo fazer escolhas certas para evitar o prejuízo econômico causado pela perda de defensivos e também para não correr o risco de a deriva atingir a lavoura do vizinho, sensível àquele tipo de produto.
A equipe de professores também cultiva ervas daninhas no caminhão, para ensinar os alunos a identificá-las, explicar seus efeitos e incidência em cada região. Para a parte de controle de pragas, os professores levam um insetário. “Preparamos placas com insetos e pragas das principais culturas do Brasil em diferentes fases de crescimento”, diz Maggioni. A finalidade é que os alunos consigam reconhecê-las e combatê-las.
Em julho, o caminhão do projeto passará pelo Rio Grande do Sul, nas cidades de Três de Maio e Frederico Westphalen.