A transformação digital é uma megatendência que vem acompanhando a indústria no mundo e no Brasil nos últimos anos. Conceitos como digitalização e automação são as chaves-mestras que abrem caminhos para uma indústria cada vez mais eficaz, com velocidade e baixo custo, além da maior competitividade frente ao mercado.
A indústria 4.0 trata-se de uma indústria de alta agregação de valor, uma revolução que se baseia em investimento poderoso em tecnologia de ponta. As soluções oferecidas por esse novo patamar da evolução industrial apontam para benefícios claros: agilidade e flexibilização da produção e da customização, redução de custos – estimando-se 30% só na parte da engenharia –, aumento significativo da disponibilidade de máquinas e equipamentos e índices muito maiores de faturamento e lucratividade.
Este salto tecnológico passa por dois desafios na indústria nacional: a eficiência energética e a mão de obra qualificada. Duramente afetada nos últimos anos, a indústria brasileira enfrentou a redução da atividade da economia internacional, a concorrência estrangeira e os custos da produção no País. Nesse quesito, o gerenciamento mais eficiente de energia é ponto primordial: ao optar por soluções tecnológicas, uma indústria economiza, em média, 50% nos gastos com energia.
Eficiência energética
No mundo, o Brasil ocupa uma posição singular no que tange a geração de energia, com fontes renováveis predominando em sua matriz energética e reforçando o compromisso do País com a energia sustentável. A cartilha da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançada no final de 2014, traz como mote “Eficiência Energética na Indústria. Entre nessa corrente”. Segundo o documento, a indústria é responsável por cerca de 41% do consumo de energia elétrica no Brasil, com 573 mil unidades consumidoras industriais.
Exatamente por isso, há a necessidade pungente da implantação de “programas, projetos e atividades de conservação e uso eficiente de energia pelos diversos segmentos industriais”. Em apoio a essas iniciativas de investimento em tecnologia, a cartilha traz uma série de sugestões práticas de economia, subdivididas em 11 categorias.
Mão de obra qualificada
Não só no Brasil como também em outros países, como Estados Unidos e Alemanha, a busca por profissionais altamente qualificados está no topo da lista. A digitalização da indústria exige trabalhadores produtivos e especializados, capazes de absorver a nova demanda. É desafio para o País, mas também uma grande oportunidade: em detrimento da robotização, automação e digitalização, o ser humano permanece indispensável como líder inteligente, pensador e criativo. Nesse sentido, o investimento das indústrias brasileiras em altíssima tecnologia traz de volta o brilho de carreiras no setor industrial, gerando novos empregos ao incentivar cada vez mais a qualificação dos profissionais.