A energia é vital para todos nós – e sua geração é um dos grandes desafios globais. Para países emergentes, como o Brasil, ela se torna ainda mais importante, por ser um pilar para que a nação atinja patamares de produtividade e eficiência capazes de torná-la, definitivamente, desenvolvida.
Hoje, a nossa capacidade total de geração, segundo os dados atualizados no final de agosto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), é de 138,3 GW de potência instalada, por meio de 4.246 empreendimentos em operação.
Isso mostra que a geração vem crescendo: há apenas cinco meses – em março de 2015 – os dados da ANEEL apontavam para 136 GW de potência instalada, considerando todas as fontes de energia usadas no País. Além disso, 182 novos empreendimentos estão em construção, o que prevê para os próximos anos uma adição de 41,2 GW.
Para abastecer as indústrias, empresas e residências com toda essa eletricidade produzida no País, a cadeia produtiva é composta por três etapas: geração, transmissão e distribuição. Antes dos anos 2000, quando houve a privatização do setor, as companhias eram verticalizadas e não havia separação dos negócios por cada uma destas fases. Atualmente, independentes, as distribuidoras se tornaram a conexão entre o setor elétrico e a sociedade, entregando energia por uma rede que pode ser aérea, suportada por postes, ou por dutos subterrâneos.
Entre uma ponta e outra do processo – da geração da energia até a distribuição nos centros consumidores (cidades e fábricas), que geralmente estão afastados –, a eletricidade tem de viajar por longas distâncias, em um complexo sistema de transmissão. Neste trajeto, ela passa por várias subestações, em que transformadores aumentam ou diminuem a voltagem: elevam a tensão no início, para evitar perda de energia, e diminuem à medida que se aproxima dos centros de consumo, para que a tensão seja adequada ao abastecimento da população.
Além da geração, a transmissão é de extrema importância, afinal cidades ou estados inteiros são afetados se houver interrupção de uma linha. Segundo a ABRADEE, são 77 as concessionárias no Brasil, que administram mais de 100 mil quilômetros de linhas.
As três peças dessa cadeia produtiva – geração, transmissão e distribuição – trabalham de maneira integrada, formando o Sistema Interligado Nacional (SIN), que conta com a participação de empresas de todo o País. Apenas 1,7% da energia requerida pelo Brasil está fora do SIN, em pequenos sistemas isolados, localizados principalmente na região amazônica. Isso significa que a eletricidade que chega ao usuário final pode ter viajado centenas ou milhares de quilômetros e ter sido gerada por diferentes usinas.
Gerando energia mais limpa
Não por acaso a indústria da energia elétrica está ganhando novos contornos. Para diminuir essas grandes distâncias, em um território de dimensões continentais como o nosso, e também diversificar as fontes geradoras, a etapa da geração está sob um novo olhar, refletido em altos investimentos em alternativas às fontes hidrelétricas, como a energia eólica e as termoelétricas a biomassa.
A descentralização dos atuais polos produtores (em sua maioria distantes dos grandes centros consumidores), a necessidade de garantir o abastecimento do País e a busca por novas tecnologias que assegurem energia limpa, de qualidade e renovável são apenas alguns dos pontos que impulsionam a transição energética no Brasil.
A energia renovável para o desenvolvimento sustentável em megacidades, as grandes consumidoras de energia elétrica, é considerada hoje determinante não só para garantir a qualidade do que é gerado, como também, e principalmente, para manter o sistema em pleno funcionamento.
Por isso, a geração mais diversificada e eficaz de energia vem, aos poucos, refletindo sua importância no mercado brasileiro da energia elétrica. Encurtar as distâncias, não permitir que a qualidade se perca no meio do caminho e garantir que ela esteja sempre disponível são os principais desafios de qualquer tecnologia aplicada à energia em um país tão extenso.
Neste contexto, vem ganhando ainda mais estímulos a modalidade da Geração Distribuída, em que indústrias estão trazendo as fontes geradoras de energia para mais perto de seu local de consumo – o que melhora a eficiência e confiabilidade do processo, diminui custos e minimiza possíveis perdas. Outras iniciativas são a micro e a minigeração distribuídas de energia elétrica, inovações com potenciais benefícios, como baixo impacto ambiental, redução no carregamento das redes, diversificação da matriz energética e sustentabilidade.
O Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE) aposta fortemente na Geração Distribuída para a redução da distância entre geração e consumo da energia elétrica. Segundo o instituto, além de todos os benefícios citados, a GD possibilita ainda o uso de resíduos combustíveis de processo, diminuindo o impacto ambiental gerado no descarte destes resíduos.
Saiba mais em Siemens.