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28 de julho de 2016

Vem aí a internet 5G

A Accenture estima que até 2030 a Internet das Coisas irá acrescentar US$ 14,2 trilhões à economia mundial. Haverá mais de 20 bilhões de dispositivos conectados à internet, de objetos a cidades inteligentes. E a velocidade de transmissão deverá dar conta de toda essa transformação. Se as estimativas se confirmarem, isso não será um problema, já que, em 2020, a quinta geração da internet móvel, ou 5G, deverá estar disponível no Brasil.

De acordo com Geraldo Araújo, diretor de Network da Accenture, os investimentos mundiais em desenvolvimento de protocolo, estudos, protótipos e testes para a nova tecnologia vão totalizar US$ 4 trilhões. “O 5G será uma rede para conectar objetos e pessoas, terá mais de 200 trilhões de sensores conectados. Haverá uma ruptura grande em relação às tecnologias 3G e 4G, e também em relação ao comportamento das pessoas”, afirma. O executivo explica, a seguir, quais as diferenças entre essas tecnologias de conexão e quais as mudanças que o 5G irá provocar.

Diferenças 3G, 4G e 5G

Os principais parâmetros para diferenciar essas tecnologias de conexão são a velocidade de transmissão de dados e a latência. “A latência é basicamente aquele tempo que você acha infernal esperar quando está baixando uma foto, por exemplo”, explica Geraldo Araújo. Em relação à velocidade, para baixar uma foto de 550k com o 3G, demora um minuto; com o 4G, apenas 10 segundos. “No 5G, a imaginação é o limite. Deverá ser algo em torno de meio segundo”, diz o executivo. Ele explica que a latência típica do 3G é de 300 milissegundos. Do 4G, 100 milissegundos, e do 5G deverá ser de apenas um milissegundo.

“A maior transformação será em situações críticas, como possibilitar uma cirurgia remota, utilizando equipamentos de especialistas de qualquer lugar do mundo. Na área de transportes, o 5G trará um maior controle da segurança, ao permitir a conexão do carro com sistemas que avisem o motorista sobre eventuais problemas mecânicos. Será uma grande disrupção”, diz.

Transformação dos modelos de negócio

“Conseguimos imaginar algumas coisas baseadas nas nossas experiências atuais, como modelos cada vez mais colaborativos e trabalhos realizados a distância, a qualquer hora e em qualquer lugar”, diz Geraldo Araújo. Segundo ele, o ecossistema de negócios já está mudando em função do desenvolvimento do 5G. “Já observamos diferentes setores trabalhando em conjunto nessa tecnologia, como laboratórios médicos em parceria com operadoras de telefonia, pensando no futuro da saúde. Isso nos permite vislumbrar transformações muito evolutivas”, afirma.

Desafios para a implantação do 5G no Brasil

Para o executivo da Accenture, o 5G não só vai chegar ao Brasil ao mesmo tempo em que no resto do mundo, em 2020, como também irá facilitar os problemas de distribuição de sinal que ocorrem no país. “No Brasil, temos qualidade boa em alguns lugares e péssimas em outras. O 5G vai ajudar nessa questão, pois tem uma rede ultradensa”, diz Araújo. Ele explica que ter uma rede ultradensa significa que haverá muito mais dispositivos irradiando sinal 5G do que existem hoje em dia irradiando 3G e 4G, aumentando, assim, a cobertura disponível.

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