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Mudanças no estilo de vida ajudam a controlar hipertensão

Distúrbio silencioso é o principal fator de risco para infarto e derrame entre brasileiros

A hipertensão atinge quase 25% da população nacional, segundo dados do Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico), do Ministério da Saúde, e é o principal fator de risco para infarto e acidente vascular cerebral (AVC), de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão. Saiba mais sobre a doença.

O que é hipertensão 

A pressão arterial é a força exercida pelo sangue bombeado pelo coração nas paredes das artérias. Quando os vasos se contraem, a pressão se eleva, fazendo o sangue exercer uma força maior. A pressão alta causa lesões na camada interna dos vasos, que podem se tornar endurecidos e estreitos – e com o tempo, entupir ou romper. A pressão arterial é medida pela máxima, quando o coração se contrai (sistólica), e a mínima, quando se dilata (diastólica). Sua medida ideal é igual ou menor que 120mmHg por 80mmHg (12 por 8). Em aferições iguais ou superiores a 14 por 9, há o diagnóstico de hipertensão.

O que causa a hipertensão

Os principais fatores de risco são idade, hereditariedade, obesidade, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de sal e álcool, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão.

Quais são os sintomas

A condição não costuma causar sintomas. Em casos graves o paciente pode sentir dores na nuca, cabeça e peito, falta de ar, inchaço, tonturas, alterações visuais e sangramento nasal. É preciso fazer a aferição regularmente: uma ou duas vezes por ano para quem está nos índices normais e a cada três meses para quem está no limite (14 por 9).

Quais são os problemas relacionados a hipertensão

Ela pode acarretar derrame, insuficiência cardíaca, infarto e insuficiência renal.

Quando se deve começar a medir a pressão

A Sociedade Brasileira de Cardiologia indica medições a partir dos três anos de idade para crianças com histórico de problemas de pressão. Na ausência de sintomas ou fatores de risco, como obesidade, a medição passa a ser feita a partir dos 18 anos, uma vez ao ano. A idade crítica para o surgimento da enfermidade é a partir de 45 anos.

Como prevenir

Os melhores métodos são alimentação adequada e prática de pelo menos 150 minutos de exercícios por semana. “É recomendado seguir uma dieta pobre em gordura animal, como carne vermelha e leite integral, e rica em legumes, frutas e verduras, além de reduzir o sal”, diz o cardiologista. Luiz Bortolotto, diretor da Unidade Clínica de Hipertensão do Instituto do Coração (InCor – HCFMUSP).

Quais são os tratamentos

Começa com alimentação saudável, exercícios e perda de peso. Se a pressão está acima de 16 por 10 ou o paciente apresentar complicações, como diabetes ou colesterol alto, pode-se introduzir medicamentos com acompanhamento profissional, segundo Bortolotto.

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