1. FAZER REFEIÇÕES À MESA

“A mesa favorece o olho no olho e o diálogo entre pais e filhos”, diz a nutricionista Elaine Rocha de Pádua, autora do livro “O Que Tem no Prato do Seu Filho?”. O benefício é além do afetivo. Crianças que fazem refeições em família ingerem mais frutas do que aquelas sem esse hábito, revelou um estudo da Universidade de Leeds, no Reino Unido. Outra pesquisa, publicada no Journal of Pediatrics, mostrou que refeições em família previnem sobrepeso e obesidade em adolescentes. “As pessoas precisam se reunir, nem que seja uma vez por semana”, afirma Patrícia Ruffo, gerente científico da Abbott.

2. EVITAR O USO DOS ELETRÔNICOS

Desligar os gadgets nas refeições e reduzir seu uso à noite faz bem à digestão e ao sono. “Dividir o foco da alimentação com outros afazeres pode atrapalhar a mastigação, essencial para a digestão e a absorção de nutrientes”, afirma Pádua. Antes de dormir, o uso dos aparelhos eletrônicos atrapalha o sono, principalmente das crianças, informa a American Sleep Association. Uma revisão de vinte estudos publicada no Jama Pediatrics em 2016 mostrou que pequenos que usam o celular e o tablet antes de ir para a cama têm duas vezes mais risco de sono inadequado do que aqueles que não utilizam esses aparelhos neste período.

3. FAZER ATIVIDADE FÍSICA

Quer estimular uma criança a praticar exercícios? Seja o exemplo. “Os pais devem mostrar que a atividade física é divertida e planejar passeios que coloquem todos em movimento, como caminhar em um parque”, diz Pádua. Outra estratégia é resgatar brincadeiras ao ar livre, como pega- -pega, queimada, vôlei, amarelinha ou pular corda, recomenda o Ministério da Saúde. “O sedentarismo crônico se instituiu no século XX. Devemos nos basear na vida ativa dos nossos avós”, afirma Ruffo.

4. INGERIR COMIDAS SAUDÁVEIS

Mais da metade da população brasileira está acima do peso, segundo o serviço de Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico chance de ter também. Se pai e mãe estão acima do peso, o risco sobe para 50 a 60%. Embora exista uma questão hereditária nessa estatística, o componente ambiental é forte”, afirma Ruffo. Para ela, o hábito de se alimentar é formado a partir do aleitamento e será determinante para o
resto da vida da pessoa. Mas a criança só seguirá uma dieta saudável se tiver o exemplo em casa. A Organização Mundial da Saúde recomenda uma alimentação rica em frutas, vegetais, legumes, castanhas e grãos integrais.

5. PREPARAR OS ALIMENTOS EM CASA

As pessoas devem encarar a alimentação como uma prioridade, segundo Ruffo. Isso inclui planejar o cardápio, fazer uma lista de compras e dedicar-se ao preparo de alimentos frescos. “É importante estimular o consumo de frutas como sobremesa, não necessariamente precisa ser o suco natural. Os alimentos ultraprocessados devem ser considerados exceção, não rotina”, afirma a nutricionista da Abbott. Ruffo realça a importância da alimentação natural, sobretudo, nos primeiros anos de vida: “A criança está aprendendo a mastigar e a experimentar sabores e texturas”.