As conexões transformam o terminal em um vetor importante, com uma região de influência de mais de 20 milhões de hectares
Um dos grandes diferenciais do Porto do Itaqui em relação aos outros portos brasileiros é sua localização. Situado na saída da Baía de São Marcos, a 11 quilômetros da cidade de São Luís, capital do Maranhão, é um dos mais próximos dos mercados da Europa, América do Norte e do Canal do Panamá, por onde é possível alcançar mais rapidamente os países da Ásia. “Apenas alguns portos do Norte, que têm condições operacionais completamente diferentes do Itaqui estão mais próximos da América do Norte e da Europa”, diz José Antônio Magalhães, diretor de operações do Porto. “Mas eles não possuem a nossa capacidade de escoamento.”
O Porto do Itaqui conta com uma grande rede de conexões rodoviárias e ferroviárias e uma extensa hinterlândia (área servida pelo porto), além de um posicionamento físico que ajuda na economia de gastos com ações portuárias comuns, como dragagem dos berços. “Dos portos públicos que existem no Brasil, nenhum tem a capacidade de receber navios do porte do Itaqui”, explica Magalhães. “A profundidade dos berços do Porto são um diferencial muito grande e ainda temos gastos com dragagem e aprofundamento muito menores do que outros portos públicos por causa de nossas condições de clima e maré.”
Próximo ao Distrito Industrial e ao Aeroporto Internacional de São Luís, o Itaqui é servido por mais de 55 mil quilômetros de rede rodoviária, composta pelas rodovias BR-135 e BR-222 que se conectam a estradas federais (BR 316, BR 230, BR 226 e BR 010) e estaduais (MA 230). As ligações com as redes ferroviárias também são extensas, com a Estrada de Ferro Carajás, de 892 quilômetros, que passa por duplicação, a Ferrovia Norte-Sul, de 215 quilômetros, e a Transnordestina, que atravessa a região Nordeste. Essas conexões transformam o porto em um vetor importante com uma região de influência de mais de 20 milhões de hectares.
Essa região de influência abrange a área conhecida como MATOPIBA – formada por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, considerada a terceira e última fronteira agrícola do País, que realiza 54% de exportações pelo Itaqui –, estados do Norte, como o Pará, e do Nordeste, além do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul e de Goiás.
O acesso marítimo também é facilitado, já que não conta com a formação de barra e possui cerca de 55 milhas náuticas de extensão na direção sul-sudeste, com profundidade natural mínima de 23 metros nos canais. A região com potencial de ser influenciada diretamente pelas atividades portuárias engloba a bacia hidrográfica do Itaqui e do Bacanga, abrangendo os rios Grajaú, Pindaré, Mearim e dos Cachorros e a plataforma continental adjacente à cidade de São Luís.