Porto do Itaqui

Um dos principais 
portos públicos do 
Brasil

De olho em novos mercados

A EMAP focou em ações junto a mercados  externos para conseguir parceiros para exportações como a de bois vivos

A EMAP focou em ações junto a mercados externos para conseguir parceiros para exportações como a de bois vivos

Alinhada com o plano geral do Governo do Estado, a estratégia do Porto do Itaqui para crescer em um momento em que o Brasil passa por uma grave crise econômica envolve, além da reorganização da gestão de operações, que já vem gerando frutos, abrir novos mercados fora do País. Para isso, no primeiro semestre deste ano, a Empresa Maranhense de Administração Portuária, EMAP, que administra o porto, procurou focar em ações junto aos mercados latino- americano, asiático e árabe, participando de encontros internacionais e feiras específicas.

“Procuramos crescer buscando parceiros internacionais por causa de nossas características e de nossa vocação”, explica Ted Lago, presidente da EMAP. “Nosso Estado tem como um de seus focos a produção de proteína, uma commodity que vai estar sempre em alta porque as pessoas precisam se alimentar. Nossa região tem condições únicas para essa produção, com uma grande área que já é usada para criação de gado e abundância de água.”

Segundo Lago, a integração do pequeno e do médio produtor nesse processo de exportação também é muito importante para o desenvolvimento financeiro do Estado. “Na exportação de gado, por exemplo, desde o início do ano embarcamos 25 mil cabeças que vieram de mais de 200 produtores. Isso injeta dinheiro na economia. Na área de grãos e na criação de aves também estamos vendo cada vez mais médios produtores”, conta Lago. “Como empresa pública, a EMAP tem um papel maior, de desenvolvimento econômico, principalmente nesse momento que o Brasil vive.”

Para realizar esse objetivo de expansão dos mercados, a EMAP travou contato com a Câmara de Comércio Árabe, que engloba 22 membros, em uma reunião realizada em São Paulo, em que, com a ideia de aproximar os dois mercados, foram apresentados o Porto do Itaqui e a logística do corredor Centro Norte. Os gestores do porto também destacaram a eficiência dos procedimentos implantados no Itaqui para o embarque de bois vivos e os potenciais do Maranhão, que possui o segundo maior rebanho da região Nordeste do País, com possibilidade de instalação de indústrias frigoríficas e de exportação de carne processada. A reunião seguinte aconteceu durante um evento no Cairo, onde a Liga apresentou dois projetos que estão sendo desenvolvidos na região: uma empresa de logística e uma linha de navegação exclusiva, com foco na América do Sul, para os países membros.

As exportações brasileiras para a Liga de Países Árabes são compostas principalmente de produtos básicos, que representaram 61% do total de exportações em 2013, como bois vivos, carnes de frango e bovina, minério de ferro, soja e milho. Em contrapartida, a Câmara de Comércio Árabe pretende enviar para o Brasil derivados de petróleo, gás natural e fertilizantes.

Para o segundo semestre deste ano, está prevista uma visita dos embaixadores da Liga Árabe ao Maranhão para conhecer a infraestrutura do Porto do Itaqui e se reunir com representantes do governo em áreas como indústria, comércio, agricultura, pecuária e pesca, além da classe empresarial do Estado.
Já na feira de negócios Intermodal South America, realizada em abril, o vice-governador do Estado, Carlos Brandão, e Ted Lago apresentaram o plano de investimentos do Porto do Itaqui, que tem como meta desenvolver a infraestrutura das operações de contêineres, ampliando a capacidade de armazenamento. O objetivo da participação foi informar sobre as operações já realizadas com êxito no Itaqui – como a exportação de grãos – e potencializar novas cargas, como proteína animal e frutas, além de apresentar o Itaqui como solução logística para o corredor Centro Norte. “O Maranhão se localiza no portão de saída dessas cargas para o mundo todo, então estamos buscando parceiros internacionais e também nacionais que possam agregar valor, como produtores de rações, de fertilizantes, de insumos agrícolas, criadores e aqueles que fazem processamento de carne”, resume Lago.

feiras