Seu celular, caro leitor, talvez já conte com a colaboração de uma assistente virtual capaz de lhe dar quase todas as respostas, que aprende com você,que acessa seus sites preferidos ou que confere seu saldo bancário – como é o caso do aplicativo avançado comercialmente conhecido como BIA (Bradesco Inteligência Artificial). Os aplicativos inteligentes – como o Waze, o WhatsApp ou o Skype – já estão presentes em centenas de milhões de smartphones em todo o mundo. Eles são, talvez, exemplos mais populares de serviços baseados em inteligência artificial (IA).

 

Nas grandes empresas, o computador cognitivo Watson já presta grandes serviços. Com modelos mais avançados de IA, o Watson atende clientes, evolui com a “aprendizagem profunda” (ou deep learning) personalizada, gerencia o ritmo e o fluxo do trabalho, com os últimos avanços de “aprendizagem de máquina” (machine learning).

 

A IA realiza mil tarefas muito mais complexas nos laboratórios de pesquisa, nos satélites de comunicações ou nos robôs mais avançados. E, creiam, tudo isso ainda é apenas minúscula ponta do imenso iceberg, pois, a cada dia, a IA impacta de forma mais drástica nossa vida, a maneira como nos relacionamos e interagimos com o mundo ao nosso redor.

 

Como um dos temas mais importantes da atualidade, a IA exigirá que voltemos muitas vezes a discutir suas aplicações e sua evolução, pois ela deixou de ser uma grande promessa para se tornar uma extraordinária realidade em nosso dia a dia, presente em diversos dispositivos, nos aviões, na casa inteligente ou nos carros autônomos.

 

Conceito e história da Inteligência Artificial

 

Mas, a rigor, o que é IA? Pesquisadores e educadores a definem como “o estudo e projeto de agentes inteligentes” e que se tornou um novo e promissor campo acadêmico.Outros cientistas conceituam-na como “uma forma de inteligência similiar à dos seres humanos”, revelada por meio de máquinas, mecanismos ou software.

 

Na realidade, IA tem muito a ver com o conceito de algoritmo. Mas o que é um algoritmo? Desde a Antiguidade, os matemáticos gregos já exploravam esse conceito “como uma sequência de passos ou ações para se chegar a um único e preciso resultado”. Ou seja, algo como uma receita culinária, mas, é claro, muito mais complexo.

 

A IA é um sonho antigo da humanidade.No século 19, a escritora e matemática inglesa Ada Lovelace (1815-1852) escreveu o primeiro algoritmo para ser processado pela máquina analítica de Charles Babbage. Durante anos essa mulher genial desenvolveu outros algoritmos que permitiriam àquela máquina computar os valores de funções matemáticas. Por tudo isso, Ada Lovelace é considerada a primeira programadora de toda a história.

 

O inglês Alan Turing (1912-1954) foi outro pioneiro, mas pouco conseguiu de prático ao longo de sua vida. Em nosso tempo, novos desenvolvimentos em algoritmos e arquiteturas juntamente com avanços no poder computacional levaram aos avanços exponenciais das redes neurais artificiais, da IA de nossos dias, do aprendizado de máquina e aprendizado profundo, avanços que, na realidade, estão todos entrelaçados