Inovação no Rio

Soluções Cisco criam cidades inteligentes e humanas

Profissionais de tecnologia superam desafios e buscam capacitação para os Jogos Rio 2016

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A expectativa dos profissionais é trabalhar durante os Jogos (Fotos: Henri Passos/Divulgação Cisco)

A movimentação do mercado de trabalho para as Olimpíadas e Paralimpíadas Rio 2016 atrai profissionais em busca de vagas. E o investimento em capacitação passa a ser requisito para se diferenciar de outros candidatos, especialmente na área de tecnologia.

O técnico de redes Lucas Oliveira, 29 anos, é um desses profissionais à procura de oportunidades. Desempregado, ele é um dos 221 formados do programa Técnico Cidade Olímpica, realizado pela Prefeitura do Rio em parceria com as empresas Cisco e Embratel e Rio 2016 por meio do programa Abraça Capacitação, que estimula a capacitação na área de TI. Com a nova qualificação, espera conseguir voltar ao mercado.

“Queria fazer esse curso há muito tempo, mas não teria condições se não fosse gratuito. Pagando, eu não conseguiria. Sou casado, tenho três filhos, e ficaria totalmente inviável. Também fiquei sabendo da oportunidade de trabalhar nos Jogos Rio 2016. Foi aí que comecei a pesquisar sobre o assunto”, diz Oliveira.

Como ele, muitos colegas formados também viram no programa a oportunidade de obter uma qualificação que não seria possível se não fosse gratuita. Paulo Cesar Rodrigues, 45 anos, é professor na área de tecnologia e se inscreveu no curso após saber do programa por um aluno. A vontade de ter mais conhecimento e a certificação de uma empresa líder na área o levaram para a sala de aula, dessa vez como estudante.

Programa Técnico Cidade Olímpica formou 221 técnicos em redes

Programa Técnico Cidade Olímpica formou 221 técnicos em redes

“A certificação Cisco possui um peso grande no currículo na área de TI. E os cursos normalmente têm preços elevados. Hoje, para mim seria inviável pagar um curso. Foi possível, realmente, por ser gratuito”, explica Rodrigues.

Ambos superaram desafios para concluir a qualificação. Rodrigues conta que levava, no mínimo, três horas para ir e voltar das aulas. “No meu caso, a questão de deslocamento foi complicada, tanto em gastos com passagem quanto em tempo”, relata.

Para Oliveira, a dedicação aos estudos foi a maior superação: “Tive de estudar de oito a dez horas por dia. O tempo era reduzido e a média era de 70% para passar. Então, tive também de trocar algumas prioridades. Reduzi o tempo de lazer e passei o carnaval estudando. Mas tudo valeu a pena”, comemora Oliveira.

Para Abraão Lopes, 35 anos, outro técnico de rede formado pelo programa, a dedicação ao curso foi ainda mais difícil. Durante o período das aulas, ele perdeu a mãe, que faleceu em decorrência de um câncer. “Foi muito difícil, mas também foi um desafio grande ter que controlar a emoção e continuar. Quase desisti, mas agora concluí e estou muito feliz”, diz.

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Abraão Lopes superou dificuldades e até mesmo o luto para concluir a capacitação