Inovação no Rio

Soluções Cisco criam cidades inteligentes e humanas

Iniciativas de capacitação aumentam inserção de mulheres no setor de tecnologia

Técnico Cidade Olímpica capacita profissionais como Técnicos em Redes e abre oportunidades para trabalharem durante os Jogos Rio 2016 (Foto: Henri Passos/Divulgação Cisco)

Técnico Cidade Olímpica capacita profissionais como Técnicos em Redes e abre oportunidades para trabalharem durante os Jogos Rio 2016 (Foto: Henri Passos/Divulgação Cisco)

Depois de anos sonhando em entrar no mercado de tecnologia da informação, Edna Felix, 28, agora consegue enxergar o objetivo mais próximo da realidade. Ela é uma dos 221 Técnicos de Rede recém-formados no programa Técnico Cidade Olímpica, desenvolvido pela prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com as empresas Cisco e Embratel e com a Rio 2016 por meio do Programa de Sustentabilidade Abraça Capacitação.

Desde os 11 anos, Edna faz cursos de montagem e manutenção de computadores. Há três anos, entrou para a faculdade de Sistemas de Informação, mas mesmo assim ainda não conseguiu encontrar uma vaga na área. Agora, quer finalmente começar a trabalhar com o que mais gosta: tecnologia. A virada na carreira, aposta ela, virá nos próximos meses.

“Sinto que finalmente conseguirei ingressar na área de TI. Já havia feito um curso de redes, mas era mais básico, não era desse nível da Cisco. Valeu a pena todo o esforço. Mesmo que eu não trabalhe durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, esse curso serve para eu trabalhar com TI em outras empresas”, diz.

Edna é uma das 33 mulheres que recebeu o diploma em março no primeiro grupo de formados pelo programa. Elas agora abrem caminho para aumentar a inserção dessas profissionais em um setor cuja presença é majoritariamente masculina. Como ela, Hanna Patrícia, 24, outra recém-formada Técnica de Rede pelo programa, quer continuar estudando e crescendo profissionalmente, aproveitando as oportunidades que aparecerem.

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Edna Felix, uma das 33 técnicas em rede formadas pelo Programa Técnico Cidade Olímpica (Foto: Henri Passos/Divulgação Cisco)

“Já estou empregada na área, mas depois desse projeto vi que posso ir mais longe e realizar os meus sonhos. Trabalho com TI desde 2013. Sempre foi a área que mais me adaptei e gostei. Quando ganhei meu primeiro computador, gostava de ficar mexendo em casa, tinha mais facilidade de entender”, conta.

As duas consideram a iniciativa importante para aumentar a presença de mulheres no mercado de trabalho de tecnologia. “Na faculdade, em determinadas matérias da minha turma, tem duas mulheres, contando comigo. Também já sofri preconceito em processos seletivos. Senti que o entrevistador me perguntava coisas como se achasse que mulher não conseguiria fazer”, relata Edna.

Hanna lembra que algumas empresas exigem que os profissionais da área sejam homens. “Para algumas vagas, está na descrição que procuram homens. Dependendo do que você vai fazer, tem um pouco de preconceito sim”, diz. E completa: “É claro que nem todas as mulheres têm interesse na área. Mas se existissem mais programas como este, seria um caminho para as mulheres conhecerem melhor a tecnologia e se apaixonarem”.