Pense em uma ponte inteligente, na qual o cimento tem censores que alertam os engenheiros se o peso estiver passando dos limites ou se houver rachaduras imperceptíveis. Mais do que isso, e se os mesmos sensores pudessem se comunicar com o carro que vem chegando pela estrada, por meio de internet sem fio, e avisar que há uma enchente e a ponte está intransitável ou mais perigosa? E se então o carro passasse um recado ao motorista de que é melhor diminuir a velocidade?E se o veículo diminuísse sozinho a marcha caso ele não o fizesse? Toda essa comunicação de sensores para as máquinas ou das máquinas para outras máquinas transformam informação em ação e formam a ideia central do conceito de Internet das Coisas, que vem rapidamente mudando a maneira como interagimos com o mundo.

São sensores monitorando e rastreando informações e aplicativos na nuvem, traduzindo e transmitindo esses dados para máquinas que darão respostas na hora. Essa ideia pode ser expandida virtualmente para todas as áreas. Já há aplicativos como o Waze, por exemplo, que nada mais faz do que transformar os celulares em sensores de velocidade e depois devolver as informações aos usuários com a situação do trânsito na cidade. Existem sensores que avaliam a situação do solo para o plantio e outros que determinam a localização de vazamentos em encanamentos.

Quem possibilita essa interação de sensores, máquinas e nuvem é a internet. Mas, por vários motivos, a Internet das Coisas depende imensamente de programas de computador open source (de código aberto, que permitem adaptações e melhorias). Afinal, como as pessoas poderão ter certeza de que todos os equipamentos serão capazes de se comunicar uns com os outros na mesma linguagem, independentemente de quem os produziu? Como terão garantias do acesso eterno aos dados mesmo se terminarem o relacionamento com o vendedor ou a manutenção do produto? E como saber se as informações estarão realmente seguras? “Com a Internet das Coisas, conseguimos literalmente interagir com o mundo físico por meio de nossos programas de computador”, afirmou BurrSutter, gerente de produtos da Red Hat, principal fornecedor mundial de soluções de software de open source, em uma entrevista.“E os softwares deste tipo já têm um papel muito importante no desenvolvimento dos projetos relacionados ela”, finaliza.