Tecnologia, inovação e open source

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Open source: o que a gente ganha com isso?

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A questão é filosófica. Em um mundo de softwares proprietários, em que uma empresa escreve um programa e o usuário paga para licenciá-lo, usar open source não é a maneira tradicional de fazer as coisas.

Então, por que investir nessa alternativa? Porque os programas deste tipo incentivam a colaboração e o compartilhamento, já que permitem que todas as pessoas os utilizem da maneira que quiserem, façam modificações no código-fonte e incorporem essas mudanças em seus próprios projetos. E depois ainda dividam suas descobertas com os outros, formando uma comunidade sempre crescente.

E por que isso é bom? No caso dos desenvolvedores, muitos preferem usar softwares open source para ter mais controle sobre eles e garantir que farão exatamente aquilo que se espera. Além disso, têm a possibilidade de aprender estudando os códigos que outras pessoas escreveram e as modificações que fizeram. Quem não é da área também se beneficia usando o software como quiser, e não como uma empresa determinar, e aproveitando o fato de que os programas estarão sempre atualizados. Além disso, se aparecerem problemas, eles serão consertados mais rapidamente, já que há uma comunidade de desenvolvedores trabalhando neles constantemente. Por essa mesma razão, os softwares open source também são geralmente considerados mais seguros e estáveis.

Mas os ganhos muitas vezes não são facilmente percebidos. Por exemplo, qualquer pessoa que entra na internet se beneficia com a utilização de programas de código aberto. Todas as vezes que alguém abre uma página na web, lê e-mails, usa as redes sociais ou joga on-line está se conectando com uma rede global de computadores que direcionam e transmitem dados para o equipamento que está sendo usado – e grande parte desse fluxo se dá por softwares open source.

Da mesma forma, em uma cultura com uma atitude open source – seja ela aplicada a uma empresa, escola, governo ou qualquer grupo de pessoas–, todos têm acesso à informação e podem colaborar com suas ideias de modo transparente, aceitando os erros como aprendizado e esperando que os outros compartilhem dos mesmos métodos. É uma maneira de encarar o mundo que pode ser usada em qualquer projeto que envolva uma comunidade de pessoas engajadas e comprometidas com um objetivo.