Histórias de bar

O que bares e bartenders podem fazer para você consumir bebida alcoólica de forma responsável.

15 de janeiro de 2018

Muito trabalho é necessário antes de um coquetel chegar até você num balcão de bar. E depois de servir o drinque, principalmente. “Ser bartender é ser anfitrião. E um bom anfitrião se preocupa com seus convidados”. Assim Nicola Pietroluongo, que já serviu celebridades como George Clooney, Naomi Campbell e David Beckham, explica a responsabilidade de sua profissão.
Atualmente embaixador da fabricante de bebidas Diageo, ele ressalta a importância de os bares e seus funcionários incentivarem o consumo responsável. “A indústria para a qual trabalhamos é a da hospitalidade”, afirma Pietroluongo. E ela inclui se preocupar para que seu convidado volte bem para casa.

“Incentivamos os bartenders para que sejam responsáveis pelo modo
como as pessoas se retiram de seus bares. Afinal, estão ali se
divertindo e colocando seus momentos e suas experiências nas mãos
dos profissionais”.
Nicola Pietroluongo, bartender e embaixador da Diageo.

“Quando alguém passa do ponto, o que fica não é a experiência da noite, e sim a do dia seguinte, que é horrível sempre”, diz o embaixador da Diageo. O profissional explica que a primeira coisa que o bartender pode fazer é manter a calma, porque há pessoas que podem se alterar um pouco. Depois, há várias iniciativas que ajudam a beber de maneira consciente, como oferecer água, petisco ou uma bebida quente. Para ele, se cada um dos profissionais assumir sua própria responsabilidade, o bem-estar do cliente estará garantido.

O que um
bartender pode
fazer para você
não exagerar na
dose.

Dicas práticas de profissionais do ramo para
um consumo de álcool responsável.

  • Oferecer água, pois a hidratação constante é fundamental quando se ingere álcool.
  • Sugerir um petisco ou uma comida.
  • Aconselhar que alterne entre água e bebida alcoólica. Ou melhor ainda: água, bebida alcoólica e coquetel não alcoólico.
  • Manter a calma, porque há clientes que podem se alterar um pouco.
  • Servir uma bebida quente, como um café ou chá.
  • Ver se a pessoa está acompanhada, para que os amigos possam cuidar dela ou levá-la pra casa.
  • Se não estiver com amigos, sempre deixar alguém acompanhando o cliente até o final.
  • Chamar um táxi para que a pessoa não volte para casa dirigindo ou sozinha.

Beber ‘bem’ não é beber muito

Com maior conhecimento do ramo em que atuam, a tendência é que os profissionais de coquetelaria não queiram apenas vender a bebida em volume, e sim entregar experiências. E os clientes, por sua vez, queiram beber bem, o que significa apreciar a qualidade do drinque, em vez da quantidade.

Com o Brasil vivendo um momento de valorização da coquetelaria, as pessoas hoje têm maior conhecimento e discernimento - vêm apreciando coquetelaria de uma maneira muito mais responsável.

Treinamentos que fazem a diferença

“Em um momento ou outro, você vai lidar com pessoas alteradas. É preciso ter muito jogo de cintura”, diz o bartender Arthur Ferreira dos Santos. Ele conta ter aprendido a lidar melhor com o público durante um curso que fez neste ano. O Learning For Life, oferecido pela Diageo, não se restringe ao preparo de drinques. Também conta com disciplinas como desenvolvimento pessoal, comunicação e raciocínio lógico para lidar com dinheiro.

“É uma ferramenta de conhecimento que damos a esses jovens para que possam ascender no mercado da coquetelaria”, diz o embaixador da marca.

O projeto Learning for Life é a base de uma pirâmide de cursos desenvolvidos pela Diageo com o objetivo de inspirar bartenders a elevar a qualidade de seus serviços e negócios. A marca oferece também o Diageo Bar Academy, curso para profissionais, já voltado para o mercado de trabalho; o Diageo Bar Academy Essentials, que ensina técnicas de vendas, categorias de bebidas e serviço, como atender e criar experiências para o cliente; e o Diageo Bar Academy Advanced, para quem já fez o Essentials e quer dar um próximo passo.

No topo da pirâmide, está o World Class Studio Training, plataforma global para profissionais mais maduros do mundo todo, com muitos que inclusive já competiram no World Class Competition. O curso oferece temas de inspiração para os bartenders, como sustentabilidade, gastronomia e conceitos autorais para gestão de um bar, para que o cliente tenha uma percepção diferente do negócio desde o momento em que entra até quando paga. Segundo o embaixador da marca, todos os cursos, independentemente do nível, levam a mesma mensagem de consumo responsável.

Uma história
de descoberta

De Técnico
Eletrônico
a Bartender
Uma nova profissão aos 30 anos

Ele já foi técnico eletrônico, trabalhou com automação industrial, como garçom, barista e, em 2017, aos 30 anos, descobriu sua vocação após participar de um curso: ser bartender.

Há três anos, Arthur Ferreira dos Santos cansou de fazer entrevistas na área eletrônica e não conseguir emprego. Decidiu sair de São Paulo e ir para Porto Alegre, onde fez alguns trabalhos como garçom. Soube de um programa de capacitação profissional de bartenders voltado para jovens de comunidades menos favorecidas, o Learning For Life, oferecido pela fabricante de bebidas Diageo. “Meu caminho até o curso foi longo, mais de 1000 km”, conta.

No encerramento do curso, Santos foi um dos finalistas na competição promovida entre cerca de 20 participantes do curso. O prêmio: um emprego, finalmente. “A vida noturna é cansativa, porém gratificante. Hoje me sinto extremamente satisfeito”, conta Santos. Para ele, a profissão não é provisória, como costuma ser para muitos. Nos seus planos, está ganhar mais experiência e chegar a chef de bar ou abrir seu próprio negócio no ramo da coquetelaria.

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