Para celebrar o Dia dos Pais, contamos três histórias de pais e filhos que são exemplos para gerações. Afinal, todas as lições que aprendemos, eles também aprendem com a gente, pela vida inteira.

Pai crush

“Meu pai é meu herói porque me inspira com seu carinho e me ajuda em todos os momentos em que tenho dificuldades. Eu amo meu pai.”

Leonardo Gouvêa Trida, 11 anos, estudante

“Meu filho de 11 anos tem um verdadeiro crush no pai. A relação deles é muito bacana, pois envolve muita confiança e bons exemplos. Tudo o que meu marido criou com o Léo nesses primeiros anos está aparecendo agora. Ele pergunta a opinião do pai para tudo, desde os estudos até a tecnologia, que eles amam. É um grude só, e eu diria que, hoje, o pai é o melhor amigo dele. Espero que esse laço se perpetue pelo resto da vida, porque é algo muito forte e puro. Acho que os exemplos de vida são o que os pais podem deixar de melhor para gente. Aliás, ele se inspira no pai até para dar broncas na irmã mais nova. ‘O papai não está aqui, mas eu estou’, ele diz (risos)”.

Ana Carolina Gouvêa Trida, terapeuta

“Meu pai é um homão!”

“Ele vive de modo amoroso e generoso e, ao mesmo tempo, isso não o torna frágil. É muito inspirador. Por isso, na adolescência, enquanto minhas amigas pensavam na opinião das mães, eu sempre recorria às conversas com meu pai. Nossa ligação sempre foi muito forte. Aos três meses de vida, eu sofri quatro paradas cardiorrespiratórias. Chegando ao hospital, os médicos me deram como morta. Meu pai, que também é médico, psiquiatra, não parou por um segundo de fazer massagem cardíaca, furou a segurança do hospital para entrar no pronto socorro quando todo mundo já havia desistido e, com a ajuda de colegas, conseguiu me reanimar. Dei um pequeno suspiro e foi uma emoção só. Minha mãe, que é enfermeira, estava lá e desmaiou. Acho que a forma como ele exerce a paternidade é um exemplo. Sempre foi participativo, a ponto de tirar dúvidas sobre a primeira relação sexual (eu contei para ele, não para a minha mãe. Ele ficou um pouco desconfortável, mas fez questão de esclarecer tudo o que eu precisava saber). Tenho certeza de que existem outras filhas e filhos privilegiados como eu, com pais que são assim, homões desde sempre”.

Liv Chagas, arquiteta

 

Mudar de emprego aos 60 anos. Pode, sim

“Aos 60 anos, meu pai, que é engenheiro, completou 15 anos dentro da empresa onde trabalhava. Nesse momento, ele já pensava em se aposentar, mas recebeu uma proposta para mudar de emprego e ganhar 50% a mais de salário, além de  vários desafios. Ele estava preparado para recusar, pois não queria trocar o certo pelo duvidoso. Além disso, como seria começar tudo de novo em um lugar desconhecido? Ele estava com medo. Eu, que também respiro o mundo corporativo, disse que a idade era uma trava que só existia na cabeça dele, pois ele estava sendo chamado para assumir uma nova posição graças à competência e por ser uma referência no mercado. Ninguém, exceto ele, pensava na idade. Eu teria muito orgulho se ele arriscasse, pois, nesse sentido, ele sempre foi uma inspiração para mim. Argumentei também dizendo que ele trabalhou para nos sustentar, eu e meu irmão, durante quase a vida toda e que agora estávamos adultos. Se não desse certo, nós poderíamos ajudar, como ele fez durante tanto tempo. Ele já não era mais provedor, podia arriscar. Depois dessa conversa, ele decidiu topar. Está com 65 anos, cinco deles na nova empresa e superfeliz. Passou por crises, demissões e continua firme”.

Juliana Fracchia, gerente de contas

Saiba qual presente mais combina com o seu pai