São Paulo tem a maior estrutura de atendimento especializado à mulher do país. E investimos constantemente em políticas públicas que promovem a equidade de gênero. A primeira Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) do Brasil foi instalada na capital paulista ainda em 1985, durante o governo Franco Montoro, na Sé.

O aprimoramento das políticas de combate à violência de gênero é um processo constante no Estado. Em 2016 a 1ª DDM da Capital passou a funcionar 24 horas por dia, durante os sete dias da semana. Atualmente, São Paulo conta com 133 DDMs – 9 somente na capital, outras 19 na Região Metropolitana e 108 no interior e litoral. Para se ter uma ideia, SP abriga 36% de todas as DDMs no Brasil.

O medo de ser tratada como culpada pela violência que sofreu muitas vezes afasta a mulher da polícia. Por essa razão, todas as delegacias paulistas são capacitadas para receber e registrar casos de violência contra a mulher – sendo ou não DDM.

Os cursos de formação policial, civis ou militares, contemplam disciplinas direcionadas ao tema. Há um padrão de atendimento a esse tipo de ocorrência, com o objetivo de trazer mais eficiência nas investigações e na coleta de provas. Por meio do Projeto Integrar, o Estado promove o constante aperfeiçoamento de policiais para atendimento de ocorrências que envolvam a Lei Maria da Penha.

Já as equipes que integram as DDMs têm treinamento específico. Passam por aulas na Academia de Polícia com uma abordagem diferenciada de Atendimento Público e Direitos Humanos. O objetivo é dar às mulheres mais confiança para registrar o Boletim de Ocorrência.

Nosso Centro de Referência da Saúde da Mulher, o Hospital Pérola Byington, presta desde 2001 atendimento especial a mulheres e crianças vítimas de estupro. Já foram atendidos cerca de 40 mil casos. É o programa Bem-Me-Quer, que inspirou a “Rede de Atenção à Mulher Vítima de Violência Doméstica e Sexual”, atualmente em 11 cidades.

De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2017, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), São Paulo teve 2,1 homicídios registrados para cada 100 mil mulheres em 2016 – menos da metade da média nacional: 4,4 casos para cada 100 mil.

Com a maior estrutura de atendimento especializado à mulher do país, São Paulo manda uma mensagem importante: elas não estão sozinhas. O fim da violência de gênero é uma luta de todos.