Sabesp

Construindo o futuro

Estações “flex” favorecem o abastecimento

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Elevatória da Vila Guarani: nova tecnologia permite selecionar abastecimento de manancial com maior volume disponível

Diversificar e inovar nas soluções para garantir o abastecimento em tempos de fortes secas, como a registrada em 2014/2015, virou um mantra na Sabesp. Investir em soluções alternativas e que minimizem a dependência de determinados sistemas hídricos ou do transporte de água de longas distâncias está se tornando prática comum na empresa. Uma das novidades em funcionamento desde o ano passado atende pelo nome de estações “flex”. Na prática, trata-se da interligação de vários sistemas em uma única estação, o que permite que mananciais com maior nível de água possam atender áreas de outros que estejam mais secos. A intensificação do uso de estações “flex” permitiu que as inversões de abastecimento fossem feitas em pouco tempo, com baixos custos e sem paralisações em estações de bombeamento de água.

Além do benefício imediato no combate à crise hídrica, ajudando a reduzir a retirada de água do Cantareira, por exemplo, estas obras trazem benefícios para o futuro – já que, em momentos em que houver manutenção, falta de energia elétrica ou algum problema que afete um manancial, outro sistema poderá ser acionado para suprir a região. A primeira obra executada durante a crise com essa caraterística foi a adequação do Booster Cidade Líder, na zona leste da capital. A principal diferença entre booster e estação elevatória é que este está inserido em uma adutora e faz o reforço do bombeamento da água. Já a estação elevatória está inserida no início da adutora, pegando água de um reservatório.

Na instalação em Cidade Líder, a água vinha da região do Cantareira e, com mudança, passou a ser alimentada pelo Sistema Alto Tietê. A água era enviada do Reservatório da Vila Formosa e ia em direção ao Reservatório Arthur Alvim. Agora, a obra permite que possa ser feito o caminho inverso também e, com ela, o Alto Tietê pode atender uma grande área que antes era abastecida pelo Cantareira. A Estação Elevatória da Vila Guarani foi outra instalação que recebeu o aperfeiçoamento. Antes, ela apenas recebia água dos sistemas Rio Claro ou Cantareira e enviava para o Reservatório Vila Formosa. A melhoria implantada transformou essa estação totalmente “flex” – pode receber água de três sistemas e bombear em duas direções diferentes –, permitindo hoje receber água também do Sistema Alto Tiete, vindo do Booster Cidade Líder e do Reservatório Vila Formosa, bem como enviar água em direção à Vila Alpina e Mooca. Já o Booster Cangaíba foi o terceiro a ser aperfeiçoado, passando também a possibilitar que o Alto Tietê atenda áreas do Cantareira.

Cerca de 500 iniciativas ajudam a interligar sistemas
Além das estações “flex”, outras ações também ajudaram a interligação dos sistemas, num total de cerca de 500 intervenções de pequeno, médio ou grande portes. Uma das mais importantes foi a execução de adequação na interligação entre duas adutoras na Vila Ema, zona leste de São Paulo, ampliando o transporte de água pelo aqueduto do Sistema Rio Claro, uma tubulação de 80 quilômetros de extensão que parte de Salesópolis, cidade do interior do Estado onde fica a nascente do Rio Tietê, com a obra, agora são enviados mais 500 litros de água por segundo do Sistema Rio Claro (volume é suficiente para abastecer cerca de 200 mil pessoas) para bairros como Mooca, São Mateus, Vila Formosa, Vila Alpina e Sapopemba – que antes eram atendidos principalmente pelo Cantareira.

Também foram destaques a instalação de uma nova tubulação e melhoria na estação de bombeamento que possibilita levar mais 500 litros por segundo de água do Sistema Guarapiranga Paulista, em São Paulo. Na obra, a Sabesp restaurou uma tubulação de 6.600 metros de extensão que sai do Alto da Boa Vista, na zona sul da capital, e passa por baixo de algumas das principais avenidas da cidade, como a Vereador José Diniz, Ibirapuera e 23 de Maio. Além disso, implantou melhorias operacionais na estação de bombeamento que fica na rua França Pinto.

A Sabesp também colocou em operação uma nova adutora que permitiu, pela primeira vez, levar água do Sistema Rio Grande para abastecer a região sul da capital paulista. Com investimento de R$ 7,6 milhões e uma extensão de 2,1 quilômetros, a nova adutora foi implantada com mão-de-obra própria da companhia. A obra liga o Parque Real, em Diadema, à região de Pedreira, na capital. Leva água do Rio Grande para bairros como Balneário São Francisco, Cidade Júlia, Eldorado, Jardim Apurá, Jardim Guacuri, Jardim Rubilene, Jardim Selma e Pedreira.