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Seguros, Previdência, Capitalização e Fundos

Evolução

CONSTANTE

O setor apresenta um crescimento sustentável há anos e acredita que pode melhorar ainda mais no futuro

Apesar dos últimos anos de retração econômica, o setor de seguros, previdência, capitalização e fundos tem conseguido superar os principais desafios e, há alguns anos, vem prosperando com importantes índices de crescimento, a se levar em conta o panorama econômico. “Em 2015, por exemplo, crescemos 11,6% sobre o ano anterior. Foi um crescimento pequeno, mas significativo. Movimentamos em arrecadação de prêmios de contribuição um valor total de R$ 365 bilhões, o que representa 6,2% do PIB, montante maior que toda a cadeia automobilística e contribuição da indústria farmacêutica”, informa Marcio Serôa de Araújo Coriolano, presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), que congrega cerca de 80 empresas seguradoras de todo o País, responsáveis, em 2015, por mais de 148 mil empregos diretos.

“Nosso setor está cada dia mais forte e sólido. Hoje, somos o primeiro mercado da América Latina, com 45% de todos os prêmios, e o 13º mercado mundial”, acrescenta Coriolano. Ele cita ainda que, em 2015, entre pagamentos de indenizações e pensões, foram desembolsados R$ 229 bilhões, o equivalente ao 1,5% do PIB do Uruguai.

A solidez deste segmento também é fundamental para fortalecer outros setores da economia. Isso porque, segundo as rigorosas normas que regem essa atividade econômica, para cada novo negócio fechado, a empresa seguradora deve provisionar um certo volume de dinheiro para cobrir eventuais riscos, preservar padrões de liquidez e não colocar em risco a carteira. “Por isso, atualmente, temos provisionados cerca de R$ 789 bilhões, sendo que dois terços desses recursos estão aplicados em ativos e ações, seguindo normas e limites da Comissão de Valores Mobiliados. Essa característica faz com que o setor de seguros, previdência, capitalização e fundos tenha se transformado no maior investidor institucional do Brasil”, comenta o executivo da CNseg.

mercado maduro

É claro que, como boa parte das atividades econômicas, o setor também sentiu os amargos efeitos da retração econômica. A queda na venda de veículos, por exemplo, reduziu a demanda por seguros de carro. Assim como o elevado índice de demissões dos últimos dois anos cancelou milhares de contratos de planos de saúde em todo o Brasil. A queda de emprego e renda também afetou a aquisição de planos de capitalização e fundos. “Mas, por outro lado, o mercado segurador brasileiro está maduro e solvente, e cada um dos ramos que o compõem tem a possibilidade de encontrar novas oportunidades de crescimento”, analisa o executivo.

Espaço para crescer no Brasil é o que não falta. Por exemplo, apenas 25% da frota nacional é segurada, só 25% da população brasileira paga planos de saúde, 15% das áreas cultivadas têm seguro rural e 14% das residências do País são seguradas. O segmento de seguro de vida ainda é pouco explorado, assim como os jovens representam um público enorme para a venda de planos de previdência privada.   

De acordo com  o presidente da CNseg, outros fatores também podem trazer um novo fôlego. “Acreditamos que, com a retomada da economia em novas bases, haverá mais frentes a serem exploradas. Como, por exemplo, o seguro garantidor de obras de infraestrutura. A reforma da previdência também dará um novo impulso à carteira de previdência privada”, afirma Marcio Coriolano.

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SulAmérica

Salto no ranking

Companhia, que completou 120 anos de atuação no mercado brasileiro, pula da terceira para a primeira posição no estudo Empresas Mais

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Receita do líder: Disciplina de gastos, mas sem deixar de investir em capacitação profissional e inovação tecnológica

Para uma grande empresa não existe nada melhor que completar mais um ano de vida fechando o balanço no azul. Ainda mais quando o ambiente econômico não é dos mais favoráveis. Foi exatamente isso que ocorreu com a SulAmérica. “O ano de 2015 foi especial para nós. Celebramos 120 anos de atuação no mercado com ótimos resultados. Aferimos lucro líquido recorrente recorde de R$ 683,8 milhões, com ganho de 23,1% no ano, e crescimento de 13,4% em receita de seguros, totalizando R$ 15,3 bilhões”, informa Gabriel Portella, presidente da Sul América, líder do setor de Seguros, Previdência, Capitalização e Fundos do estudo Empresas Mais. Em um ano, ela passou da terceira para a primeira posição no ranking.

Segundo o executivo, apesar de enfrentar um cenário econômico desafiador, a companhia tem atingido bons resultados ao manter a disciplina de gastos, mas sem deixar de investir em capacitação de pessoas, melhoria de processos e inovação tecnológica. “Nossos investimentos mais relevantes têm sido direcionados à inovação tecnológica, pois entendemos que, cada vez mais, ela norteará a forma como operamos e nos relacionamos com os clientes. Por isso, investimos continuamente em ferramentas que tragam agilidade, eficiência e ainda mais confiabilidade aos nossos processos internos e em novos canais para um atendimento de excelência e multiplataforma aos segurados”, comenta Gabriel Portella. Nesse sentido, a empresa desenvolveu seis aplicativos para clientes e um para corretores de seguros. Somados, já foram feitos quase 1 milhão de downloads. 

Crescimento constante

O Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, segundo colocado no estudo Empresas Mais, também vem colecionando bons resultados ao longo dos últimos cinco anos, quando começou a atuar no mercado brasileiro. “Criamos uma trajetória de crescimento contínuo, por meio de uma estratégia forte em comercialização para novos nichos, inovação em produtos e processos e apoio aos canais de venda. Em 2015, conseguimos superar os desafios que a retração da economia trouxe para o segmento, como aumento das taxas de juros, baixo desempenho das indústrias e redução do poder de compra”, analisa Marcos Ferreira, presidente do Grupo BB e Mapfre nas áreas de Automóvel, Seguros Gerais e Affinitties. A companhia fechou 2015 com prêmios de R$ 16,7 bilhões (crescimento de 2,6% sobre 2014), 17,6% de market share, o que garantiu a liderança do setor de seguros (excluindo produtos de acumulação), e aumento de 27,9% no lucro antes dos impostos sobre período anterior, com registro de R$ 3,3 bilhões. 

A terceira posição no estudo coube à IRB Brasil Resseguros, que tem em sua estrutura acionária participação do governo brasileiro, do BB Seguros e Participações, do Bradesco Seguros, do Itaú Seguros e Itaú Vida e Previdência, entre outros acionistas minoritários. “O excelente resultado de 2015 e repetido no primeiro semestre de 2016 foi alcançado por meio da combinação do crescimento no volume de prêmios emitidos, da melhoria do resultado operacional e do crescimento do resultado financeiro, aliados a uma gestão administrativa eficiente e focada na geração de valor”, diz José Carlos Cardoso, vice-presidente de Resseguro da IRB Brasil Resseguros, que detém 34% do mercado de resseguros do País. Em 2015, a IRB registrou o lucro líquido de R$ 764 milhões, o maior de sua história, 97% superior se comparado ao de 2014 (R$ 388 milhões).

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