Rankings
Destaques regionais

Destaques regionais

e forças nacionais

As empresas que mais se destacaram nas cinco regiões do Brasil têm em comum o fato de fortalecerem as localidades em que atuam, serem polos de atração e retenção de mão de obra qualificada e importantes na geração de riqueza regional

Mapa de destaques regionais

Dentre as mais de 3 mil companhias pesquisadas para esta edição do estudo Empresas Mais, destacamos 48 no mapa acima, divididas entre as cinco regiões do País, segundo o CNPJ pesquisado. Todas elas demonstram forte vitalidade econômica e exercem grande influência na região onde estão instaladas. Outras também podem ser consideradas potências nacionais e internacionais.  Conheça a seguir nove destas empresas.

Norte
Nordeste
Sul
Sudeste
Centro-Oeste

Petróleo Sabbá: expansão à vista

norte-foto1

A Petróleo Sabbá, com marcante presença na região Norte do Brasil, iniciou suas operações há 45 anos. A empresa é resultado de uma joint venture entre a Shell (atualmente operada pela Raízen) e a IB Sabbá. Desde então, a companhia atua sob a bandeira Shell na região Norte, nos Estados do Piauí e do Maranhão e no norte de Mato Grosso. A rede é composta por cerca de 500 postos de serviço e mais de 60 lojas de conveniência Shell Select, além da operação logística e de negócios B2B.

“Oferecemos mais de 6.500 empregos e, até o final do ano, com a implementação do plano de expansão da rede, abriremos mais 100 postos e contrataremos 800 pessoas”, afirma Frederico Araújo Goes Santos, diretor de negócios do varejo da Raízen. Além de gerar milhares de empregos diretos, a empresa investe no desenvolvimento da infraestrutura necessária para a armazenagem e distribuição de combustíveis panorte-grafico1ra a rede de postos. Com isso, também contribui de forma decisiva para movimentar a economia local por meio da contratação de empreiteiras, motoristas de caminhões, equipes de vendas, fornecedores das lojas de conveniência, vendedores regionais e promotores – somado à geração de mais empregos na indústria de biodiesel. “Para os próximos anos, manteremos nosso plano de investimento na região Norte, com foco em infraestrutura logística e ampliação da oferta de produtos diferenciados, como meios de pagamento e outras facilidades na nossa rede de postos”, conclui Santos.

Mineração Rio do Norte: a riqueza que sai do subsolo paraense

A Mineração Rio do Norte (MRN), que começou a operar em 1979, é a maior produtora brasileira de bauxita, atuando no primeiro estágio da cadeia do alumínio. Em 2015, a MRN produziu 17,8 milhões de toneladas de bauxita, cujas vendas somaram 18 milhões de toneladas, acréscimo de 1,1% sobre o volume de 17,8 milhões de toneladas vendidas em 2014. Desse total, 49% foram destinados ao mercado interno. O externo consumiu 51%: 19% para os Estados Unidos, 12% para o Canadá, 8% para a Europa e 12% para Ásia (China e Índia). Em 2015, a comercialização total da bauxita gerou um lucro líquido de R$ 360,8 milhões.

Todas as operações da empresa estão localizadas em Porto Trombetas, distrito industrial do município de Oriximiná, no oeste do Pará. Em 2015, a MRN recolheu aos cofres públicos, incluindo retenções na fonte, R$ 232,2 milhões em impostos e contribuições. Também no ano passado, a empresa utilizou R$ 189,7 milhões para compras realizadas no Estado do Pará. Esse valor representa 45% do total das compras feitas pela empresnorte-grafico2a. A MRN faz parte da  Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará, iniciativa da Federação das Indústrias do Pará com o objetivo de fomentar, por meio do estímulo à industrialização, a formação de uma cadeia de fornecedores qualificados. A Mineração Rio do Norte possui 1.449 empregados (efetivos) e 2.693 empregados contratados (terceirizados), sendo que 87% de seus empregados são paraenses de nascimento.

 

Vicunha: empresa global com sotaque cearense

Criada há 50 anos no Ceará, a Vicunha Têxtil é uma empresa global, líder na produção e comercialização de tecidos índigos e brins na América Latina e uma das maiores indústrias têxteis do mundo. Atualmente, detém cerca de 27% de participação no mercado brasileiro. Em 2015, totalizou um faturamento bruto de R$ 2,02 bilhões (crescimento de 15% sobre o ano anterior). O lucro líquido foi de R$ 100 milhões.

No Brasil, a Vicunha possui quatro fábricas (três no Ceará e uma no Rio Grande do Norte), além de um centro administrativo e um centro de distribuição em São Paulo. A empresa também está presente na Argentina e no Equador (em ambos os países ela tem uma fábrica, um escritório comercial e um centro de distribuição) e possui escritórios comerciais no Peru, na Colômbia, no México, na Suíça, na Holanda e em Bangladesh. Na Holanda e no Sri Lanka há outros centros de distribuição. No total, a empresa oferece mais de 7 mil empregos diretos (6 mil deles só no Brasil). “Cada emprego direto em nossa indústria gera três indiretos na cadeia têxtil e de confecção. Além disso, contribuímos fortemente com a arrecadação tributária nas regiões onde atuamos”, informa Ricardo Steinbruch, presidente da Vicunha.

Apesar da retração econômica que se abateu sobre o Brasil, entre 2011 e 2015 a Vicunha nordeste-grafico1investiu R$ 572 milhões. “Modernizamos nosso parque fabril por meio da aquisição de maquinários de última geração que proporcionam aumento de produtividade e maior diferenciação de nossos produtos em relação aos concorrentes. Até 2020 pretendemos investir mais R$ 400 milhões”, revela Steinbruch, presidente da Vicunha, que prevê para 2017 um crescimento entre 7% e 10%.

 

Hering: de Santa Catarina para o mundo

sul-foto1

Uma das maiores e mais tradicionais empresas da região Sul nasceu em Blumenau (SC), há 136 anos, em 1880. Em 2015, a Hering totalizou um faturamento de R$ 1,9 bilhão. O lucro líquido somou R$ 281,2 milhões. No total, foram 29 milhões de peças vendidas nas lojas Hering Store. Esses números revelam a pujança da empresa não só no Sul como em termos nacionais. “Temos dois Centros de Distribuição, um em Santa Catarina e outro em Goiás, três unidades produtivas em Santa Catarina, cinco em Goiás e mais uma no Rio Grande do Norte. A Hering tem duas sedes administrativas, uma em Santa Catarina e outra em São Paulo. Também possuímos mais de 800 lojas Hering Store em todo o Brasil e ainda atuamos com franquias da marca no exterior”, diz Alessandra Morrison, diretora de gestão de pessoas e organização da Companhia Hering.

sul-grafico1

Ainda de acordo com Alessandra Morrison, a empresa desenvolve um modelo de negócios a partir da produção própria, outsourcing e empresas terceirizadas, além da gestão de marcas (Hering, Hering Kids, PUC, Hering for You e Dzarm) e dos canais de distribuição: lojas próprias, franquias, webstores e varejo multimarcas. A Hering trabalha com 1,4 mil fornecedores ativos e de insumos, equipamentos e serviços, tem cerca de 6.670 colaboradores diretos e ainda gera empregos indiretos por meio de 728 franquias e 17,6 mil varejistas multimarcas”.

BRF: longa cadeia produtiva

A primeira fábrica foi construída em 1934 no município de Videira (SC). Desde o seu nascimento, a empresa opera na área de proteína animal. Atualmente, atua com as renomadas marcas Sadia, Perdigão e Qualy, entre outras, e produz alimentos que chegam a mais de 150 países. São 35 fábricas no Brasil e 18 no exterior: Argentina (dez), Tailândia (cinco), Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Holanda (uma em cada país).

sul-grafico2

“Nossa cadeia produtiva é longa e complexa. Ela começa na aquisição de grãos e termina na mesa do consumidor. Entre as principais etapas estão a compra de grãos, a manutenção de fábricas de ração, o alojamento de aves e suínos, o abate e a industrialização de alimentos, a manutenção de centros de distribuição, a venda para o mercado brasileiro e internacional e, por fim, a venda direta aos canais de varejo, atacado e food service”, diz André Mota, gerente de relação com investidores da BRF. “Normalmente, nossas fábricas estão localizadas em municípios pequenos e médios e próximos às atividades ligadas ao campo, mais especificamente à criação de aves e de suínos. Por isso, é comum a BRF ser a principal arrecadadora de impostos do município, bem como o principal polo de empregos. ”, finaliza Mota.

Grupo Zaffari: a quinta força do varejo nacional

sul-foto3

Um dos maiores grupos de varejo do Brasil nasceu no Rio Grande do Sul há 81 anos. Com 51 anos de experiência no autosserviço supermercadista e 25 na administração de shopping centers, o Grupo Zaffari tem hoje cerca de 12 mil colaboradores diretos. Até 2008, quando inaugurou o Bourbon Shopping, no bairro da Pompeia, na capital paulista, suas atividades estavam concentradas no Rio Grande do Sul.

Atualmente, a rede supermercadista de autosserviço, composta por 34 unidades, é a quinta maior do Brasil, segundo ranking da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Desde setembro de 2015, o Grupo abriu quatro supermercados: três no Rio Grande do Sul (um em Caxias do Sul e dois em Porto Alegre) e um no shopping Morumbi Town, em São Paulo, onde foram investidos R$ 35 milhões. No setor de shopping centers, além da rede Bourbon Shopping, formada por sete unidades, o Zaffari detém o Porto Alegre CenterLar e o Moinhos Shopping, ambos em Porto Alegre.

sul-grafico3

 

Copersucar: o vigor da indústria sucroalcooleira

Criada em 2008 pelos produtores associados à Cooperativa de Produtores de Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, a Copersucar é líder global na comercialização de açúcar e etanol. “Nosso modelo de negócio combina a oferta em larga escala de produtos de alta qualidade com um sistema integrado de logística, transporte, armazenamento e comercialização no Brasil e no mercado internacional”, diz Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar.

No Brasil, a empresa tem uma infraestrutura logística composta por dois terminais intermodais (um em Ribeirão Preto e outro São José do Rio Preto, ambos em São Paulo) para armazenagem de açúcar e integração ferroviária até o porto de Santos. Lá, seu Terminal Açucareiro, considerado um dos maiores do mundo, pode movimentar até 10 milhões de toneladas de açúcar por ano. Para o etanol, há um terminal em Paulínia (SP) interligado por dutos à Refinaria de Paulínia e ao sistema de etanoldutos da Logum (empresa de logística do setor).

sudeste-grafico1

As 35 usinas produtoras sócias, concentradas no interior do Estado de São Paulo, têm presença marcante nas localidades onde estão instaladas. “Em geral, elas estão entre os maiores empregadores da região, o que gera renda para a população local e incentiva o consumo no comércio. Além disso, contratam fornecedores e prestadores de serviços e compram insumos na região, contribuindo de forma decisiva para a geração de empregos indiretos”, informa o presidente da Copersucar.

 

DataPrev: o maior banco de dados do Brasil

A DataPrev é uma das duas empresas estatais de tecnologia de informação voltadas para o atendimento às necessidades do governo federal. “Temos como foco prioritário atender às áreas sociais do governo, especialmente com relação à arrecadação previdenciária. Por isso, 75% do nosso faturamento vêm do governo federal, sendo o INSS a principal área. Também atendemos a Receita Federal, o Ministério do Trabalho e Emprego, algumas agências regulatórias e o Palácio do Planalto”, afirma Rodrigo Assumpção, presidente da DataPrev. Além disso, a empresa responde pelas funcionalidades dos programas que rodam nas estações de trabalho da maior rede de atendimento público do País (somadas as Agências da Previdência Social aos postos conveniados do Sistema Nacional do Emprego, o Sine). Os outros 25% da receita da empresa vêm de trabalhos realizados para a iniciativa privada, especialmente bancos.

A companhia emprega cerca de 3.800 colaboradores diretos, todos concursados e em regime de CLT. Apesar de a sede estar localizada em Brasília, o número maior de colaboradores está no Rio de Janeiro: 1.500 pessoas. Em Brasília são 350 e, em São Paulo, 300. Os demais estão alocados em escritórios em todos os demais Estados brasileiros.

centrooeste-grafico1

A empresa também mantém cinco Unidades de Desenvolvimento de software, localizadas nas cidades do Rio de Janeiro, Florianópolis, João Pessoa, Natal e Fortaleza. “Para nos mantermos na vanguarda da tecnologia da informação, também firmamos convênios e parcerias com várias universidades e empresas ligadas a esses centros de conhecimento”, acrescenta Assumpção.

centrooeste-citacao1

Caramuru Alimentos: a força do agronegócio

Fundada em 1964, a Caramuru é a principal empresa de capital brasileiro no processamento de soja, milho, girassol e canola. A companhia mantém unidades de produção em Itumbiara (GO), onde está localizada sua sede, São Simão (GO), Ipameri (GO), Sorriso (MT), Apucarana (PR), porto de Santos (SP), Itaituba (PA) e porto de Santana (AP), além de unidades armazenadoras em várias localidades de Goiás e Mato Grosso.

A empresa se dedica à industrialização de grãos, extração e refino de óleos, exportação de soja em grãos, farelo, óleo e lecitina e produção de biodiesel. Atua no mercado brasileiro por meio da marca premium Sinhá, com sua linha de produtos naturais à base de soja, atendendo consumidores de vários Estados, fabricantes de massas, biscoitos, snacks, flocos de milhos e outros, além de produzir matérias-primas para outros segmentos, como cervejarias e mineração, e também a indústria de ração.

centrooeste-grafico2

Como adquire a totalidade da matéria-prima que processa, a Caramuru presta uma importante contribuição para a economia das regiões onde opera. Ela trabalha com um universo de mais de 3 mil produtores rurais, com destaque para os cerca de mil produtores da agricultura familiar.

 

Fechar

O maior e mais completo ranking empresarial do País chega a sua terceira edição ainda melhor.

Aguarde! Lançamento em 29/9