Rankings
Atacado e Distribuição

Sinais positivos no

horizonte

Setor de atacado e distribuição apresenta pequena recuperação e espera fechar o ano no azul, ao verificar confiança renovada na indústria e no consumidor

De acordo com dados do Ranking Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD)/Nielsen 2016, em 2015 o setor atacadista e distribuidor cresceu 3,1% em termos nominais e apresentou queda de 6,8% em termos reais. O faturamento anual atingiu R$ 218,4 bilhões, garantindo ao segmento uma fatia de 50,6% do mercado mercearil nacional. É o 11º ano em que essa participação de mercado supera os 50%, atestando a importância da atuação do chamado canal indireto da indústria, que atende a todos os estabelecimentos varejistas que não têm volume de pedidos para adquirir produtos diretamente do fabricante. De acordo com José do Egito Frota Lopes Filho, presidente da ABAD, o difícil cenário econômico vivido pelo País desde o início de 2015 impôs perdas a praticamente todos os segmentos econômicos, incluindo o atacadista e o distribuidor.

Neste primeiro semestre do ano, entretanto, o setor sinalizou de forma mais consistente uma leve recuperação, segundo os resultados da pesquisa mensal do banco de dados ABAD, realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), com um grupo de mais de 50 empresas representativas da área. “As perdas reais acumuladas no ano atingiram 0,22% em junho, aproximando o setor da projeção de estabilidade anunciada no início do ano. Levando-se em conta que a economia ainda apresenta algum grau de incerteza, o resultado, embora negativo, é considerado satisfatório”, explica Lopes Filho.

Somados aos resultados da pesquisa Termômetro de Vendas, também apurada pela FIA, que ofereceu uma projeção para o mês de julho, os dados disponíveis embasam o aumento do otimismo do setor quanto a encerrar o ano com um pequeno crescimento de até 1%. Conforme o Termômetro, a variação nominal do faturamento do setor será positiva em todas as análises: 3,03% em relação a junho, 7,49% em relação a julho de 2015 e 9,12% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano passado. “O cenário de otimismo é complementado por recentes pesquisas que apontam o aumento da confiança do consumidor e da indústria, que devem levar a alguma recuperação no consumo no segundo semestre”, aposta o presidente da ABAD.

Em sua opinião,  as empresas do setor, desde 2015, vêm fazendo ajustes internos e investindo em melhorias na operação e na gestão, com o objetivo de garantir a competitividade em um cenário profundamente desafiador. “Com foco na melhoria da produtividade e da competitividade, o setor tem conseguido superar as adversidades”, diz Lopes Filho.

Entre os principais destaques neste ano, o executivo apontaria a intensificação do apoio ao pequeno e médio varejista, que é o principal cliente do segmento atacadista e distribuidor. “Na cadeia de abastecimento, o pequeno e médio varejo independente representa o elo mais frágil e tem enfrentado bravamente o difícil cenário econômico do País. Como os elos estão interligados, o sucesso do varejo é fundamental para o sucesso dos agentes de distribuição e da indústria. Por isso, é importante que os agentes de distribuição se envolvam ativamente no aperfeiçoamento e na profissionalização do varejo de vizinhança”, afirma.

E esse segmento do varejo é de extrema relevância por diversos motivos. Em especial porque garante o equilíbrio do mercado mercearil, já que corresponde a mais de 50% do que a indústria coloca à disposição do consumidor, porque desenvolve a economia local, movimentando o comércio e gerando empregos, e porque permite que famílias de regiões periféricas ou de difícil acesso possam integrar-se no mercado de consumo.

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RAÍZEN

Conectados com o mercado

Empresas do setor apostam na inovação e na conectividade para se manter próximas das demandas dos clientes

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Em alta: Resultados financeiros cresceram cerca de 17%

“O portfólio diversificado da Raízen somado à excelência operacional e capacidade de inovar contribuem para que a empresa esteja sempre em destaque em seu setor de atuação. A companhia realiza um trabalho constante focado em excelência, inovação e pessoas – fatores que a posicionam como um exemplo em alta performance operacional, financeira e de segurança.” É assim que Leonardo Pontes, vice-presidente comercial da Raízen, explica o primeiro lugar conquistado pela empresa no ranking Empresas Mais.

“Tivemos destaque no crescimento de nossa participação de mercado em torno de 1% e nossos resultados financeiros cresceram cerca de 17%, mesmo diante de um cenário adverso na economia”, diz Pontes. Segundo ele, os diferenciais da companhia são infraestrutura logística, excelência operacional, maiores vendas por posto e loja de conveniência, melhor time e parceiros comerciais. “Nossa atitude diante da crise também faz a diferença. Seguimos investindo e trabalhando duro em eficiência e rápida adaptação ao novo mercado, o que nos fez encontrar caminhos oportunos”, afirma o executivo.

No segmento de varejo, a Raízen aposta na expansão da rede de postos Shell, que já somam 5.832, e na oferta de combustíveis e meios de pagamento diferenciados. Em combustíveis, Pontes destaca a família Shell V-Power Nitro+, a expansão das lojas de conveniência Shell Select (hoje 951 em todo o Brasil) e a oferta de canais inovadores de pagamento, como o Acelera – recém-lançado no Rio de Janeiro, ele permite que o cliente pague por meio do smartphone.

Conexão também tem sido a aposta da Ipiranga, segunda colocada da categoria Atacado e Distribuição. A rede tem wi-fi nas lojas AM/PM, está trocando gradativamente as faixas de lona pelos painéis de LED, lançou neste ano o aplicativo Abastece Aí, tem o tag ConectCar presente nas principais rodovias pedagiadas do Brasil, está no Waze com marcação de pins nas principais praças e take overs (banners dentro do app), direcionando para o Abastece Aí. Além disso, possui um perfil oficial Ipiranga no Spotify com playlists temáticas exclusivas e está presente nas principais redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Snapchat, Linkedin), realizando engajamento e interação com mais de três milhões de fãs. “A busca constante pela inovação tem nos levado a proporcionar experiências cada vez mais surpreendentes aos nossos consumidores, elevando o grau de fidelização da nossa rede”, acredita Leocadio Antunes, diretor-superintendente da Ipiranga.

Novos investimentos

A Coamo, terceiro lugar no ranking, acredita que tem passado bem por todas as crises por estar sempre bastante capitalizada. “Distribuímos nosso faturamento da seguinte forma: 35% do total vão para nosso fundo de desenvolvimento, 10%, para cobrir eventuais perdas e 5%, para o fundo de assistência ao cooperado. O restante fica para a capitalização da empresa, que cresceu 22,8% em 2015, alcançando um faturamento de cerca de R$ 10 bilhões, quando comparado com 2014”, explica José Aroldo Gallassini, diretor-presidente da Coamo.

Fundada em 1970 por um grupo de 79 agricultores em Campo Mourão, na região centro-oeste do Estado do Paraná, a Coamo é uma cooperativa que conta atualmente com 119 unidades localizadas em 68 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, para recebimento da produção agrícola dos seus cerca de 28 mil associados. Com volume de 7,04 milhões de toneladas de produtos agrícolas, a empresa respondeu, em 2015, por 3,6% da produção brasileira de grãos e fibras. A partir de março deste ano, a Coamo iniciou um investimento de R$ 1 bilhão, previsto para durar quatro anos. “Estamos fazendo melhorias nos entrepostos já existentes e construindo mais três novos. Além disso, uma nova fábrica de esmagamento de soja e uma de óleo refinado também estão previstas”, afirma Gallassini.

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O maior e mais completo ranking empresarial do País chega a sua terceira edição ainda melhor.

Aguarde! Lançamento em 29/9