O impacto das tecnologias digitais na indústria mundial de óleo e gás é um dos temas de destaque da 19ª edição do Rio Oil & Gas (www.riooilgas.com.br). O maior evento do setor da América Latina acontece entre os dias 24 e 27 de setembro, no Riocentro, Rio de Janeiro. Serão mais de 200 conferencistas, 35 sessões especiais, além de plenárias, palestras e apresentações de cerca de 600 trabalhos técnicos.
Entre os palestrantes estará Anderson Leocadio, engenheiro de projetos da Repsol Sinopec Brasil, que destaca os diversos níveis de digitalização desde a fase de exploração até a produção de petróleo e gás. “Há vários exemplos. Um deles é o uso de veículos autônomos para aquisição de dados do solo e subsolo marinho, importantes para o desenho das instalações de produção”, comenta Leocadio.

Outra vantagem das novas tecnologias é a utilização de soluções robóticas nas operações nas plataformas em alto-mar, fundamentais para reduzir a exposição de trabalhadores a ambientes de alto risco. “Além disso, elas estão se transformando em ferramentas de análise e gestão de dados de grandes projetos, convertendo simples dados em informações extremamente relevantes”, acrescenta Anderson Leocadio.

Inteligência artificial
O setor passa por importantes processos de transformação digital desde a década de 1980, quando começou a utilizar veículos robóticos controlados remotamente. Em uma indústria que se caracteriza por operar em ambientes hostis, a necessidade de confiar totalmente nos equipamentos tornou-se obrigatória. “Nesse sentido, a empresa Deep Seed Solutions, com a colaboração da Repsol Sinopec Brasil, desenvolveu ferramentas digitais para auxiliar as equipes na análise e na tomada de decisões importantes, especialmente em instalações offshore”, diz Leocadio.
As novas tecnologias ainda proporcionam benefícios em outros setores, como na redução do tamanho e custo dos equipamentos, além do aumento da eficiência energética, que se tornam características decisivas em aparatos submarinos. Há ainda ganhos relevantes nas áreas de manutenção de instalações e gerenciamento de dados operacionais.
Segundo José Firmo, presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, entidade que realiza o evento desde 1982, todas essas novidades “estão levando o setor auma evolução mais preditiva e não preventiva, o que pode trazer excelentes resultados no futuro”.
Apesar disso, há ainda alguns desafios a superar, como os grandes volumes de dados com os quais a indústria de óleo e gás trabalha. Assim que for possível padronizá-los e integrá-los, serão decisivos na utilização de recursos em áreas como a de inteligência artificial.

As vantagens da digitalização

* Uso de veículos autônomos para aquisição de informações do solo e subsolo marinho;
* Soluções robóticas em operações em alto-mar que reduzem a exposição de trabalhadores a ambientes de alto risco;
* Análise e gestão de dados de grandes projetos;
* Redução do tamanho e custo dos equipamentos;
* Aumento da eficiência energética.