30 de junho de 2017

Fronteiras: como envolver a comunidade de um jeito que faça sentido

Quando vivemos em meio a tantas revoluções tecnológicas, como uma empresa pode ser relevante para os públicos que a rodeiam?

Todos os anos a Accenture publica seu relatório global de cidadania corporativa. Em 2017, o Brasil ganhou protagonismo. Na capa estão a foto de Natali Santana e um breve trecho de sua história. Segundo a publicação, ela e sua esposa tiveram dificuldade em encontrar trabalho quando se mudaram para Recife, com o intuito de ficar mais perto da família.

Tudo mudou quando elas descobriram o Accenture do Futuro e a ONG Rede Cidadã. A organização, juntamente com o Instituto Ser Mais, capacita pessoas de baixa renda a desenvolverem habilidades técnicas em parceria com a Accenture. Assim, elas podem ampliar as chances de conseguir um emprego.

No caso de Natali, a contratação aconteceu pela própria Accenture. Hoje ela trabalha numa área que envolve tecnologia da informação e atendimento ao cliente, e pretende concluir um curso de gestão em tecnologia para alcançar patamares ainda mais elevados.

Natali representa um grupo de 746 jovens capacitados – 298 empregados pela Accenture. Clientes e outras empresas das localidades também abraçam a ideia e contratam. Essa iniciativa, junto com outras locais e globais, já capacitaram um milhão e setecentas mil pessoas. O objetivo é chegar em três milhões até 2020.

“O desemprego entre a população jovem, de até 24 anos, é um problema global. Estratégias como essa fazem sentido em todos os países em que operamos”, afirma Enrique Soto, líder de Cidadania Corporativa no Brasil. “O principal objetivo é garantir equidade na hora de disputar uma vaga. Vemos que a formação técnica é gargalo, mas a confiança e os aspectos sócio comportamentais também são determinantes.”

Em Recife, onde foi inaugurado em abril o Innovation Center (http://patrocinados.estadao.com.br/techvisionbrasil/tecnologias-tangiveis-accenture-inaugura-centro-de-inovacao-em-recife/), os jovens apoiados entendem a lógica por trás dos bancos de dados e da linguagem de programação e saem prontos para programar códigos.

“Ter esse tipo de habilidade pode quebrar um ciclo de gerações que não tiveram a oportunidade de se especializar em algo”, afirma Enrique. “Muitas vezes, sai daí o primeiro emprego formal da família.”

Se não fosse pelo envolvimento das ONGs, pessoas como Natali nem saberiam que a Accenture existe. E, para a empresa, os programas sociais vão muito além da mera filantropia. “Como negócio, é importante, porque descobrimos talentos e conseguimos retê-los. É um valor compartilhado, todos saem ganhando.”

A Accenture também destaca colaboradores para trabalhar exclusivamente no terceiro setor. A ideia é usar a mesma expertise aplicada aos clientes para criar soluções, que ajudem as ONGs em seus problemas de gestão. Até agora, foram computadas mais de oito mil horas de consultoria gratuita.

Nos últimos dois anos, o foco tem sido a preparação para a economia digital. A empresa ajuda as organizações sociais a pensar em quais habilidades são necessárias hoje, muitas vezes para funções que acabaram de nascer. E também a pensar em tecnologias e soluções digitais que possam ampliar o alcance das ONGs.

Igualdade de gênero e diversidade

Números

33 mil jovens de escolas públicas já passaram por cursos de capacitação profissional apoiados pela Accenture do Brasil;

Cerca de 300 atualmente trabalham nas áreas da Accenture Operations e Technology;

Localidades participantes:

  • Recife (PE)
  • Nova Lima (MG)
  • Barueri (SP)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • São Bernardo do Campo (SP)
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