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13 de maio de 2016
A economia global digital já representava 22% da economia mundial em 2015. Daqui a quatro anos, esse percentual deve ser de 25%, estima a Accenture. É hora de mudar; abraçar novas tecnologias dentro da própria corporação já não é um acessório, mas parte da própria força de trabalho.
Ao apresentar os resultados do estudo anual Accenture Technology Vision 2016, Pierre Nanterme, chairman e CEO, e Paul Daugherty, chief technology officer da empresa, registraram que 37% dos executivos entrevistados disseram que hoje a necessidade de treinar a força de trabalho é significativamente maior que há três anos.
“Estamos no meio da principal revolução tecnológica, na qual o digital domina todos os setores da economia. E essa revolução coloca as pessoas em primeiro lugar. À medida que os negócios se tornam digitais, as pessoas e a cultura também deverão fazer o mesmo”, destacaram os executivos durante a apresentação.
Entre as companhias que já transformam sua cultura com base nessa nova perspectiva está a Adobe. Por meio da Adobe Target, braço focado em experiências digitais, a empresa automatizou a personalização das experiências com anúncios. A ideia é descobrir – mecanicamente – quais características são consideradas convincentes pelo consumidor, ao mesmo tempo em que os executivos de marketing podem testar suas ideias sem precisar envolver a equipe de TI.
A startup londrina Bloomsbury.ai é ainda mais radical. Ela tem planos de lançar uma ferramenta que permite às pessoas sem habilidades em programação executar análises complexas de dados. Os empreendedores acreditam que, com treinamento, sua tecnologia pode ser usada para facilitar processos de áreas inteiras, em diversos setores.
Na Amazon, 30 mil robôs da divisão Amazon Robotics são capazes de fazer entregas no mesmo dia, de olho no crescente aumento da demanda. Já os humanos, apesar de não conseguirem chegar tão longe, ainda são fundamentais para manter essa estrutura inteligente funcionando.
No campo, longe das grandes fábricas, é possível aumentar o rendimento das culturas graças à automação inteligente. Empresas como as americanas AquaSpy e AGCO são famosas por implementar de maneira eficiente a agricultura digital. A AquaSpy, por exemplo, mensura dados coletados na natureza – como o nível de umidade do solo – para permitir aos agricultores tomar decisões e chegar aos melhores resultados usando um simples aplicativo.
Estes exemplos mostram como os robôs e sistemas podem ser parceiros dos humanos naquilo que não podem fazer sozinhos, garantindo alcançar resultados mais expressivos e até então considerados impossíveis.
Para além das startups, que já nascem inovadoras, empresas tradicionais como a GE também alteram suas mentalidades. Com o crescimento da indústria digital, a corporação vislumbrou a chance de ir além e de fato fazer parte de um mundo conectado. Na prática, em vez de simplesmente construir turbinas, a GE tornou-se parceira de gigantes do setor de energia como a E.ON. Juntas, elas desenvolveram um software que analisa o consumo energético das turbinas e o melhora, além de contribuir para o desenvolvimento de fontes alternativas de energia. É mais uma evidência de que carreiras clássicas estão sendo agregadas às habilidades digitais, levando os negócios a um novo patamar.
No Brasil, destaca-se a plataforma Loggi, considerada a terceira companhia mais inovadora da América Latina pela revista Fast Company, que, todos os anos, publica o ranking da inovação na indústria. A Loggi conecta motoboys a pessoas e empresas que precisam enviar pacotes e documentos com rapidez. O serviço calcula automaticamente a rota, o espaço no bagageiro da moto e o valor da corrida. Segundo a Fast Company, são apenas 7 minutos gastos para solicitar o serviço e mil motoboys cadastrados.
Outra companhia nacional citada pela publicação, na quarta posição da lista, é a Construct, mesmo nome da plataforma que promete acabar com as dificuldades de quem decide reformar um imóvel. Por meio dela, operários, projetistas, arquitetos e engenheiros ficam em contato e podem compartilhar informações sobre a obra. A ideia é reduzir o índice de erros e gastos a mais, o que tira o sono de qualquer um envolvido com uma simples quebra de parede.
Saiba mais em Accenture.
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