Cães Gatos

Como escolher a ração ideal

É preciso considerar a espécie, a idade e, claro, a qualidade da ração na hora de alimentar seu pet. Há alimentos específicos para cada fase da vida do animal, desde filhotes que não podem mamar em suas mães até idosos. Existem também tipos especiais para animais castrados ou com sobrepeso. “As rações para castrados, por exemplo, contribuem para controlar o ganho de peso após a cirurgia, através de uma formulação que favorece a manutenção da massa muscular e a saciedade e que evita o ganho de gordura”, explica Keila Regina de Godoy, médica veterinária e gerente de desenvolvimento da PremieR Pet.

Já os gatos devem receber uma dieta que considere a sua predisposição à formação de cálculos urinários. “Também se faz uso de dietas úmidas de boa qualidade, que favorecem a ingestão involuntária de água, já que os gatinhos não têm o hábito de se hidratar muito”, diz Keila.

Seja seca ou úmida, a ração é uma alimentação completa, balanceada e pode ser fornecida pela vida toda do animal, segundo Leandro Zaine, veterinário especializado em nutrição. Além de consultar o veterinário sobre o tipo mais adequado para o seu animal, ele recomenda analisar quatro pontos fundamentais para eleger a ração ideal:

1) O alimento deve ter um sabor agradável para que o bichinho coma tudo;
2) Deve manter o bom funcionamento do trato gastrointestinal – as fezes precisam ficar bem formadas e não deve haver vômitos;
3) A pelagem deve permanecer com boa qualidade e brilho, sem queda excessiva de pelos e descamações;
4) O pet precisa continuar com um peso saudável, sem ficar muito magro nem obeso.

Caso note que houve problema em algum destes pontos, é importante trocar a ração de maneira gradual, ao longo de cinco dias, conforme indica Leandro. “Para haver adaptação do organismo à digestão de um novo alimento, deve-se ir aumentando a quantidade da ração nova e diminuindo a antiga.”

racao ideal

Comida caseira pode?
Cães e gatos são, cada vez mais, considerados membros da família. Assim, as pessoas passaram a buscar uma alimentação mais natural para seus pets, como buscam para elas mesmas. O que nem todos sabem é que, dependendo de como é adotada, a comida caseira pode trazer danos à saúde dos animais, conforme explica Raquel Labres, médica veterinária e nutróloga de cães e gatos.

“Não existe um melhor tipo de alimentação, mas sim o que é melhor para cada animal”, completa o veterinário Leandro Zaine, especializado em nutrição. Na hora de escolher a alimentação ideal do seu bichinho, é preciso levar em conta a fase de vida do animal, as doenças e os hábitos alimentares que ele já tem. Além, claro, do dia a dia e das condições financeiras da família.

A vantagem da alimentação natural, segundo o veterinário, é que ela é mais saborosa para alguns animais e também permite trabalhar com nutrientes específicos caso o pet esteja doente. Mas alerta: “Se esse tipo de alimentação promove uma melhor saúde a longo prazo, é difícil afirmar, já que que ainda não existem pesquisas científicas que façam essa comprovação”.

“A alimentação natural, sem suplementação vitamínica e mineral adequada, não tem vantagens ao bichinho. Já a dieta caseira completa e balanceada, sim”, afirma Raquel. “O animal pode desenvolver sintomas de deficiência ou excesso de nutrientes, como problemas ósseos”, alerta Leandro, sobre a alimentação natural não balanceada.

Há ainda outros riscos como alterações na visão e articulações, problemas de pele e a ingestão de ossos, que pode levar à perfuração intestinal do bichinho. Além disso, “a alimentação crua pode ser um risco de saúde pública, pois os microrganismos podem causar doenças não só nos pets como em seus tutores.” Caso você queira dar comida caseira ao seu pet, a orientação de Leandro é procurar um veterinário especializado na área para elaborar a dieta ou adquirir de empresas sérias que produzam as refeições e vendam congeladas.

Alguns alimentos como alho e cebola são tóxicos para cães e gatos

Alguns alimentos como alho e cebola são tóxicos para cães e gatos

Costumam fazer parte de uma alimentação balanceada arroz branco ou integral, peito de frango, carne bovina ou suína, cenoura, vagem, beterraba, chuchu, abobrinha, óleos vegetais, óleo de peixe e o suplemento alimentar, de acordo com o nutrólogo. É importante lembrar que certos alimentos são tóxicos para cães e gatos, como cebola, alho, leite e seus derivados, chocolate e carnes cruas.

Seja com ração ou comida caseira, a alimentação do pet deve ser sempre controlada para que ele mantenha um peso saudável. Leandro recomenda que o peso do animal seja monitorado pelo menos uma vez por mês e, se mostrar alterações crescentes, é preciso que o dono controle a quantidade de alimento. “Muito mais do que ao tipo de alimentação, a maior longevidade e a qualidade de vida do animal estão relacionadas à manutenção do peso saudável”, conclui o veterinário.

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Jornalista

Fábio Brito

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