Muita gente já ouviu falar da ISO (International Organization for Standardization), uma federação mundial de organismos nacionais de normalização. Seu trabalho é preparar Normas Internacionais, geralmente por meio de comitês técnicos. Cada membro interessado em um assunto, para o qual foi criado um comitê técnico, tem o direito de ser representado nessa comissão.
Os projetos de Normas Internacionais adotados pelos comitês técnicos são distribuídos aos membros para votação e sua publicação requer aprovação de, pelo menos, 75% dos membros com direito a voto. Foi o caso da ISO 50.001, preparada pelo Projeto Comitê ISO/PC 242, Gestão de Energia.
O objetivo desta Norma é permitir que as organizações estabeleçam os sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho energético – incluindo a eficiência energética –, uso e consumo. Sua implantação está diretamente relacionada à redução nas emissões de gases de efeito estufa e outros impactos ambientais relacionados à energia e os custos/economia que esse sistema de gestão de energia promoverá.
A ISO 50.001 é aplicável a todos os tipos e tamanhos de organizações, independentemente de condições geográficas, culturais ou sociais. A implementação bem-sucedida depende do comprometimento de todos os níveis e funções da organização e, especialmente, da gestão de topo.
Para tanto, ela especifica os requisitos do sistema de gestão de energia (EnMS), sobre os quais uma organização pode desenvolver e implementar uma política energética e estabelecer objetivos, metas e planos de ação que levem em conta os requisitos legais e informações relativas ao uso significativo de energia. Um EnMS colabora para que uma organização atinja seus compromissos políticos, tome as medidas necessárias para melhorar o seu desempenho energético e esteja de acordo com os requisitos da Norma.
A ISO 50.001 é baseada no modelo de sistema de gestão de melhoria contínua, também utilizado para outros padrões bem conhecidos, como ISO 9001 e ISO 14001. Isso facilita para que as organizações integrem o gerenciamento de energia em seus esforços a fim de melhorar a qualidade e gestão ambiental.
Até o final de 2015 quase 30 empresas já se certificaram no País e várias já se mostraram interessadas, sendo que a maior procura é pelo setor industrial. Isso acontece porque as organizações são influenciadas por fatores internos e externos no momento da decisão da adoção da Norma. A crise internacional com mudanças abruptas das condições macroeconômicas é um grande exemplo, já que atrai a atenção e precaução para si.
Para implementar a Norma, é recomendável fazer uma avaliação das condições organizacionais, como o ritmo de atividade produtiva, para fazer uma previsão e o alinhamento dos objetivos da certificação com os da organização. Em alguns casos, é necessário buscar capacitação dos funcionários internos envolvidos no processo.
Conheça algumas das exigências da Norma que permite que as organizações estabeleçam sistemas e processos necessários para melhorar o desempenho energético:
• Desenvolver uma política para o uso mais eficiente da energia;
• Fixar metas e objetivos para atender a essa política;
• Usar dados para melhor compreender e tomar decisões sobre o uso de energia;
• Medir os resultados;
• Rever como a política funciona;
• Melhorar continuamente a gestão da energia.
Fonte: ISO (International Organization for Standardization)
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