É fato que a medicina avança a passos largos tendo como sua fiel escudeira a tecnologia. Tal parceria só poderia trazer benefícios: além do conforto e da segurança aos pacientes – que se veem, então, com possilidades absolutamente melhores para sua recuperação –, os novos avanços e os constantes investimentos na área garantem aos profissionais de saúde condições adequadas para procedimentos bem-sucedidos.
Um desses avanços nasceu em hospitais de alta complexidade, um daqueles conceitos que, ao ser posto em prática, salva vidas: as chamadas salas híbridas. Há anos utilizadas nos melhores hospitais americanos e europeus, e hoje uma tendência mundial, as salas híbridas são salas cirúrgicas equipadas com avançados instrumentos de imagem, como de ressonância magnética, angiografia e tomógrafo.
Equipamentos como esses possibilitam realizar procedimentos minimamente invasivos, diminuindo consideravelmente o trauma do paciente. Ao integrar o procedimento intervencionista à cirurgia, a sala híbrida demanda a mobilização de uma equipe médica que inclui anestesista, intervencionista e cirurgião, além de uma equipe de assistência e enfermagem – fatores que, combinados, tornam a operação também muito mais segura.
Um exemplo prático é o de implante de válvula aórtica. Se antes tal cirurgia era realizada com o peito do paciente aberto, atualmente, em uma sala híbrida, uma pequena incisão na virilha ou no ápice do coração já é suficiente. Isso é possível graças à visualização em imagens de alta resolução, reproduzindo, por exemplo, a aorta do paciente em 3D.
Além das cirurgias cardíacas, as salas híbridas são utilizadas para operações vasculares e neurocirurgias, e podem ainda ser adequadas para outros tipos de cirurgias.
Protagonista
Todas essas novas possibilidades de uma sala híbrida se devem ao Artis zeego, desenvolvido pela robótica automotiva. O equipamento, um robô alemão de 3.500 kg que executa até oito movimentos diferentes, possui um sistema multieixos capaz de fazer projeções nunca antes imaginadas no sistema convencional de arco, em C, que é utilizado até hoje como base para todas as máquinas existentes.
O Artis zeego oferece a flexibilidade necessária para aproximar o arco do paciente e também afastá-lo para que o médico tenha espaço para realizar o procedimento cirúrgico. Além disso, a montagem de chão garante melhor assepsia para atender aos padrões de higiene. Arcos de teto não são recomendados porque comprometem o campo estéril: alguns hospitais não permitem peças de operação diretamente acima do campo cirúrgico porque partículas de poeira podem cair sobre o paciente aberto e causar infecções.
Com alta definição de imagens, o Artis zeego amplia as possibilidades de tratamento e proporciona maior interação entre especialidades como cardiologia, angiografia periférica, oncologia, neurologia, cirurgia. Além disso, por ser capaz de produzir imagens diagnósticas sofisticadas, o robô ainda permite que imagens de exames anteriores sejam importadas para ajudar na condução do procedimento.
Hospitais que saíram na frente
Em São Paulo, o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia foi o primeiro no Brasil a inaugurar uma sala híbrida construída em um centro cirúrgico. No espaço de 130 m² foram investidos R$ 4,5 milhões, e o robô Artis zeego instalado garante mil procedimentos por ano.
Outros hospitais, como o Israelita Albert Einstein e o Incor (ambos em São Paulo), o Hospital das Américas (Rio de Janeiro), o Real Hospital Português (Recife) e a Santa Casa de Porto Alegre são alguns dos 15 centros de saúde no Brasil que investiram em salas híbridas com o Artis zeego, elevando a outros patamares o padrão de qualidade, segurança e precisão em procedimentos diagnósticos e cirúrgicos no País.
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