O diagnóstico precoce sempre foi o melhor amigo da medicina de resultados. Não só pela possibilidade de antecipar tratamentos e melhorar a qualidade de vida do paciente, mas também por lembrar a todos sobre o princípio básico da medicina: promoção da saúde – e não apenas gestão da doença.
Nesse cenário, a utilização de tecnologias de ponta para agilidade, precisão e qualidade do diagnóstico tem um sinônimo claro: acesso. Incorporar os avanços à rotina dos exames médicos significa oferecer a um grande número de pessoas as mais atualizadas e assertivas ferramentas para garantia da saúde.
“Hoje temos uma grande discussão sobre o quanto o diagnóstico reflete na redução de custo e no ganho de qualidade de vida”, aponta Enrico de Vettori, sócio da Área de Life Sciences & Healthcare da Deloitte. E ilustra seu ponto de vista: “Programas como o Obamacare são construídos em cima disso.”
Para o especialista, é preciso que os três vértices da área da saúde (pacientes, profissionais e a indústria da saúde) estejam alinhados e engajados, de modo a favorecer o acesso. “Ainda existem questões regulatórias e entraves que impedem que todos os brasileiros se beneficiem do que há de mais novo na tecnologia do setor”, explica Vettori, lembrando que ainda há muitas máquinas e tecnologias não aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Isso é o que dificulta o acesso, que é o objetivo básico da adoção de tecnologias para a saúde.”
Menos invasivos a custos menores
A busca por tecnologias cada vez menos invasivas também é patente – pela segurança do usuário e a redução de custos por parte da empresa prestadora de serviço. No laboratório Fleury, por exemplo, o teste Enhanced Liver Fibrosis (ELF), criado pela Siemens, identifica através de coleta sanguínea o nível de comprometimento do fígado em casos de fibrose hepática.
Até o surgimento desta nova tecnologia, o exame padrão era a chamada análise histológica, ou seja, a biópsia. Em vez de uma internação e uma cirurgia para coleta dos tecidos do fígado, uma mera coleta sanguínea já é capaz de dar bons indicativos sobre a evolução da doença.
O risco de contaminação hospitalar fica reduzido e o desconforto do paciente também. “Embora a biópsia não seja descartada em 100% dos casos, há uma diminuição drástica no número de intervenções”, explica Marcelo Bacoccini, Gerente de Contas Especiais na Siemens Healthcare Diagnostics, líder mundial em automação laboratorial com mais de 15 anos de experiência e mais de mil sistemas instalados pelo mundo.
Por outro lado, a tecnologia também pode ser um grande aliado na redução dos custos de saúde. No caso do ELF, por exemplo, evitar a internação e a mão de obra de uma biópsia chega a diminuir em até 70% os custos desse tipo de diagnóstico, segundo Bacoccini.
Um dos setores da saúde que melhor consegue aproveitar as novas tecnologias é o laboratorial, principalmente com ganho de escala e gestão logística. Prova disso são os investimentos recentes de diversas redes de laboratórios, como DASA e Sabin, em tecnologias que promovem aumento de eficiência e ampliação do número de atendimentos.
Santa Casa de Porto Alegre investe em tecnologia de automação laboratorial
Além dos laboratórios, hospitais também têm visto na tecnologia um grande aliado para o seu desempenho. É o caso da Santa Casa de Porto Alegre, que investiu R$ 10 milhões na tecnologia APTIO Siemens, constituída por uma esteira com 37 metros de comprimento, cobrindo as áreas de atuação Pré-Analítica, Analítica e Pós-Analítica. São 20 equipamentos acoplados, que integram os setores Imunologia, Hormonologia, Bioquímica, Coagulação, Hematologia e, ainda, atividades acessórias como triagem, centrifugação, destampamento, aliquotagem, selagem, armazenagem e descarte de amostras.
Segundo o responsável técnico do Laboratório Central – Análises Clínicas, Dr. Carlos Voegeli, o APTIO assumirá em torno de 85% dos 300 mil exames solicitados por mês. “Este sistema robótico, automatizado e informatizado, de funcionamento contínuo, substitui vários procedimentos manuais, assegurando padronização, confiabilidade e produtividade, e tornando possível atender com segurança o dobro da nossa atual demanda”, afirma.
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