Cultura para Todos – Mozarteum Brasileiro

Música, dança e histórias que inspiram

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Mozarteum prepara 40ª temporada e reafirma compromisso social

Programação de qualidade e atividades socioeducativas criam oportunidades de mercado e impactam a economia local

Fundadora e presidente do Mozarteum Brasileiro, Sabine Lovatelli não hesita ao lembrar-se das circunstâncias que cercavam a primeira temporada promovida pela associação em São Paulo, em 1981. “Não havia uma expectativa de longo prazo. Pensávamos apenas em realizar alguns concertos, pois achávamos que faltava isso no Brasil. Mas logo surgiram adesões, desde empresas parceiras até uma agência de marketing internacional, que nos ajudou na conexão com o público. O projeto rapidamente cresceu”, resume.

Passadas 39 temporadas e mais de 600 apresentações, sua obstinação permanece. Detalhes ainda não podem ser revelados, mas a programação para 2020, por exemplo, já está fechada. No início, ela admite, era difícil convencer as grandes estrelas da música e da dança a se apresentarem no Brasil. “Atualmente, mais recebo do que faço consultas sobre disponibilidade de agenda”, comemora Sabine.

A sólida e duradoura relação estabelecida com os agentes tem garantido a presença dos principais artistas, companhias e orquestras do mundo nos palcos brasileiros. Entre os exemplos recentes estão as sopranos Anna Netrebko e Elīna Garanča, o tenor Jonas Kaufmann e a Orquestra Sinfônica Estatal Russa.

Elīna Garanča

A busca pela excelência artística é um dos fatores que sustentam a longevidade do Mozarteum Brasileiro, superando a instabilidade da economia nacional. Ao atender às expectativas do público e reforçar seu compromisso com a formação de talentos, o Mozarteum gera mais credibilidade e segurança para que os patrocinadores invistam na marca.

Impacto econômico e social

Estima-se que, em valores de mercado, uma temporada no modelo consolidado pelo Mozarteum Brasileiro – incluindo concertos, ações educativas e eventos sazonais em duas regiões do País – gire em torno de R$ 9 milhões anuais. Os recursos são obtidos por meio de leis de incentivo à cultura, verba direta e doações de pessoas físicas.

Em São Paulo, cada evento promovido pelo Mozarteum Brasileiro movimenta cerca de R$ 600 mil, entre cachês, gastos com logística e fornecedores de áreas como transporte, limpeza, sonorização, locação de instrumentos e catering. Também se beneficiam as principais salas de concerto da cidade, uma vez que o valor obtido com as locações contribui para a manutenção de suas respectivas estruturas e corpos estáveis.

A partir dos anos 2000, o investimento do Mozarteum Brasileiro na formação e no aperfeiçoamento de jovens atingiu outro patamar. A associação passou a contar com a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro (OAMB) e acrescentou ao calendário anual um festival de música e uma academia de canto, ambos realizados no distrito baiano de Trancoso. A OAMB, cujo regente titular é o maestro Carlos Moreno, abriu possibilidades de trabalho e reciclagem para jovens músicos.

Concerto Noite das Estrelas de 2018, na Sala São Paulo: consagração de jovens talentos apoiados pelo Mozarteum Brasileiro

Além de realizar apresentações de prestígio, com maestros convidados e solistas de renome internacional, seus integrantes também podem participar de masterclasses com expoentes das melhores orquestras da Europa. Segundo Sabine Lovatelli, a atenção dada à educação musical existe desde a fundação da associação. “Formar e educar sempre foram nossas prioridades. Ações como os Concertos do Meio-Dia no Masp, as matinês e os ensaios abertos foram criadas para dar mais acesso e visibilidade à música orquestral”, avalia.

O público poderá atestar a eficiência desse trabalho mais uma vez em 2020. A segunda edição de Noite das Estrelas, que reúne na Sala São Paulo músicos e cantores contemplados pela associação com bolsas de estudo no Brasil e no exterior, já está confirmada.