Cultura para Todos – Mozarteum Brasileiro

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Filarmônica de Luxemburgo

Com programa de adesão, orquestras ampliam captação de recursos

PhilaPhil, projeto da Filarmônica de Luxemburgo, já financiou desde instrumentos até produções. Orquestra vem ao País no final de setembro, pela Temporada do Mozarteum Brasileiro

Atração da Temporada 2019 do Mozarteum Brasileiro, nos dias 20 e 21 de setembro, na Sala São Paulo, na capital paulista, a Filarmônica de Luxemburgo demonstra seu talento não só nos palcos como fora deles, com iniciativas para garantir a manutenção de sua excelência artística de forma eficiente. A principal delas é o programa de adesões individuais PhilaPhil, baseado em conceitos da economia colaborativa – que prevê o compartilhamento de bens de consumo e serviços a partir da divisão das despesas. A prática ainda é pouco comum no universo das orquestras, mas ganha cada vez mais força como tendência global.

No caso da Filarmônica, a ideia surgiu em 2015, como alternativa para compensar um corte governamental de quase € 900 mil em seu orçamento. Hoje, com doações a partir de € 80 (aproximadamente R$ 360) anuais, pessoas físicas podem contribuir com o financiamento de metas específicas, em troca de contrapartidas que promovem uma verdadeira imersão nos bastidores da orquestra. O conjunto de experiências oferecidas inclui de convites para ensaios, bate-papos com músicos e performances exclusivas a facilidades como estacionamento gratuito.

Planos mais dispendiosos – que chegam a € 3,6 mil (cerca de R$ 74 mil) – revelam detalhes prévios sobre o repertório e incluem condições facilitadas para viagens com roteiros musicais. Ao criar esse vínculo de pertencimento, a Filarmônica tem conseguido fortalecer o compromisso de seus apoiadores com a promoção da cultura local.

Conquistas coletivas

O aporte obtido por meio do PhilaPhil contribui diretamente para o desenvolvimento artístico do grupo, fundado há 86 anos e hoje composto por 98 músicos de 20 países. A primeira aquisição a partir do fundo coletivo foi um par de tímpanos modelo Wiener Classic, atendendo um pedido do diretor artístico do grupo, o espanhol Gustavo Gimeno. Um evento exclusivo foi organizado na sede da Orquestra para celebrar a chegada dos instrumentos. 

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Outra conquista foi a produção de uma obra comissionada em parceria com a tradicional London Symphony e a Phillharmonie Luxembourg, principal sala de concertos do país: a ópera “The Hogboon”, último trabalho assinado pelo regente e compositor inglês Sir Maxwell Davies (1934-2016). Neste caso, a recompensa foi revertida para a comunidade: o elenco da montagem contou com 90 estudantes de canto, além de jovens solistas e bailarinos, todos selecionados previamente em audições locais. Ações como concertos ao ar livre e trilhas ao vivo para sessões de cinema também estão contempladas no programa e ajudam a aproximar a Orquestra de outros potenciais colaboradores.

Mozarteum Brasileiro: pioneirismo

Promotor de temporadas musicais no país desde 1981, o Mozarteum Brasileiro também se dedica a empreender iniciativas que estimulem a presença de pessoas físicas entre seus apoiadores. Para tanto, investe em ações voltadas para o surgimento de novas plateias, formação de talentos e popularização do repertório sinfônico. “Desde o início do Mozarteum tivemos a preocupação em construir algo voltado para a educação musical, que justificasse o investimento de patrocinadores e o interesse do público, argumenta Sabine Lovatelli, fundadora e diretora da associação.

Concerto aberto promovido pelo Mozarteum Brasileiro

Atividades socioeducativas, como concertos abertos, só acontecem com apoio de patrocinadores

Concertos abertos, matinês para crianças e masterclasses com renomados músicos internacionais são pilares desse projeto. Com a criação da Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro, em 2017, novas possibilidades se abriram e já começam a ser exploradas como contrapartidas. Hoje, os Amigos do Mozarteum Brasileiro têm acesso garantido a ensaios e apresentações da orquestra, além de preferência na compra de ingressos para as demais atrações da temporada. Em termos fiscais, é possível obter isenção de até 100% no valor da contribuição, até o limite de 6% do imposto de renda a pagar, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.