Cultura para Todos – Mozarteum Brasileiro

Música, dança e histórias que inspiram

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Grandes estreias internacionais: uma das marcas do Mozarteum Brasileiro

Diva da cena lírica internacional, Elīna Garanča está no ápice de sua carreira. Premiada pela crítica e celebrada pelo público, ela iniciou a temporada 2018/19 com aparições arrebatadoras em três “templos” da música: o Metropolitan de Nova York, a Ópera Nacional de Paris e a Ópera Estatal de Viena.

Sua próxima parada será no Brasil. Com as duas récitas que fará na Sala São Paulo, nos dias 22 e 24 de junho, ela se junta a um seleto grupo de artistas que estrearam diante de nossas plateias no auge da forma.

Uma galeria que, nas últimas décadas, tem contado com a atuação determinante do Mozarteum Brasileiro para se manter atualizada.

Desde sua fundação, em 1981, a associação cultural inclui entre suas premissas trazer ao País o melhor da música e da dança internacional.

Na maioria dos casos, aliás, a estada não se limita à imponência das salas de concerto e teatros: também inclui matinês e concertos gratuitos, masterclasses e vivências ao lado de estudantes de música. As ações, permanentes, contribuem com a formação de novos artistas e plateias.

Grande nome internacional, a soprano russa Anna Netrebko teve uma triunfal estreia no Brasil no ano passado

Tal vocação foi lapidada aos poucos. No início, devido à escassez de eventos desse porte por aqui, foi preciso empenho redobrado para firmar a agenda. Coube à fundadora e presidente da associação, Sabine Lovatelli, a tarefa de convencer agentes e artistas a abraçarem a até então inusitada empreitada pelos trópicos.

“Cada artista tem sua personalidade, sua característica. O que sempre procuro fazer é que eles se sintam queridos e encontrem boas condições para mostrar o seu melhor. Ou seja: salas bem aparelhadas, hospedagem e transporte adequados, tudo o que pudermos oferecer para aliviar o stress natural de uma turnê”, conta.

Diálogos musicais

Sabine lembra algumas histórias curiosas. Uma delas envolveu o maestro romeno Sergiu Celibidache, então à frente da Filarmônica de Munique, no esforço para assegurar a vinda do grupo ao País, no início da década de 1990. “Embora o acesso às gravações da orquestra não fosse tão fácil na época como é hoje em dia, eu disse que o Brasil todo o esperava. Ele se convenceu disso e cumprimos o prometido: tivemos casa lotada nas três apresentações”, orgulha-se.

Em outra passagem ímpar, Sabine telefonou para Norman Granz, lendário produtor e agente dos gigantes do jazz, disposta a viabilizar uma turnê pelo eixo Rio-São Paulo com o pianista canadense Oscar Peterson. Após ouvir um “não” taxativo como resposta inicial, ela insistiu, argumentou e, por fim, conquistou não só seu objetivo, como a amizade de Granz, com quem passou a falar regularmente, sendo até citada em sua biografia. Peterson, por sua vez, brindou o público brasileiro com seu talento em quatro ocasiões, entre 1985 e 1998.

Rota consolidada

Passados 38 anos e mais de 1,5 mil concertos para cerca de dois milhões de espectadores, hoje o Mozarteum consolidou a rota Brasil na agenda dos grandes artistas.

O tenor alemão Jonas Kauffmann fez sua estreia em São Paulo em 2015

Antes de estrear em São Paulo pela temporada do Mozarteum Brasileiro, em 2015, o tenor alemão Jonas Kauffmann, um dos cantores líricos mais requisitados do mundo, resumiu esta mudança de imagem: “Aguardo com ansiedade e alegria a temporada no Brasil, não somente pela experiência profissional, mas também pela oportunidade de conhecer o povo, a cultura e as cidades”, declarou, à época.

Desde 2017, tais encontros passaram a contar também com coanfitriões muito especiais. Fundada para proporcionar aos jovens talentos brasileiros a oportunidade de aprimorar sua formação e impulsionar suas respectivas carreiras, a Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro tem brilhado ao lado desta constelação.

Foi assim com a soprano alemã Diana Damrau, em 2017, e com a russa Anna Netrebko, no ano passado. Ambas se mostraram impressionadas com a qualidade dos músicos e retribuíram com performances inesquecíveis em suas respectivas estreias nacionais.

Que venha Elīna Garanča!