Cultura para Todos – Mozarteum Brasileiro

Música, dança e histórias que inspiram

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A música no DNA da humanidade

A música é uma manifestação espontânea e inerente à existência humana. Para alguns historiadores talvez tenha surgido antes mesmo de nossa linguagem verbal. A flauta, por exemplo, existe desde os tempos do Homem de Neanderthal, improvisada a partir de ossos de animais. Com seu conceito simples e intuitivo, também esteve presente no cotidiano de egípcios, hebreus, gregos e romanos.

A partir do século 16, o violino se tornou símbolo da excelência artesanal e sonora. Não à toa, algumas das peças fabricadas na Itália pelas três famílias pioneiras da época – Amati, Guarneri e Stradivari – hoje estão avaliadas em dezenas de milhares de dólares e possuem valor histórico inestimável.

“Um grande violino é um ser vivo. Sua madeira guarda a história, ou a alma, de seus sucessivos donos”, resumiu Yehudi Menuhin (1916-1999), célebre maestro e violinista norte-americano, em entrevista para o livro Stradivari’s Genius, do inglês Toby Faber. Já o piano, considerado um dos mais nobres instrumentos da era moderna, encontrou no alemão Heinrich Engelhard Steinweg (1797-1871) um embaixador à altura.

A Revolução Industrial ainda ecoava na Europa quando ele decidiu cruzar o Atlântico para fundar a Steinway & Sons em Nova York, em 1853. Hoje, a mais famosa fábrica de pianos do planeta produz cerca de 2,5 mil instrumentos por ano e ainda utiliza muitas de suas técnicas originais de montagem.

“Um grande violino é um ser vivo. Sua madeira guarda a história, ou a alma, de seus sucessivos donos.”

Yehudi Menuhin (1916-1999), no livro
Stradivari’s Genius, de Toby Faber

 

 O que é um instrumento musical? Berlioz responde:

“Qualquer corpo sonoro utilizado pelo compositor é um instrumento musical”, defendia o compositor francês Hector Berlioz (1803-1869), expoente do romantismo europeu.

A ideia foi levada a outro patamar no século 20, desta vez por um cientista: o russo León Theremin (1896-1993). Ele batizou com seu sobrenome um instrumento controlado sem qualquer contato físico: a frequência e a amplitude do som eram definidas somente pelo movimento das mãos do músico, próximas a uma antena de metal.

A patente, que chegou a ser apresentada ao líder bolchevique Lênin e até ao ilusionista Harry Houdini, acabou sendo aceita nos Estados Unidos. Lá se tornou o primeiro instrumento eletrônico utilizado por uma orquestra, em 1929. A honra coube à Sinfônica de Cleveland – a mesma que, 52 anos depois, faria em São Paulo o concerto inaugural da história do Mozarteum Brasileiro.

 

 Mais gente tocando

Segundo estudo divulgado pelo instituto de pesquisas Grand View Research, que analisa diversos setores da indústria em 25 países, cada vez mais pessoas buscam na música uma atividade complementar para seu desenvolvimento pessoal e profissional.

Esta base de consumidores mais ampla e menos compromissada, que exige variedade e facilidade de compra, tem motivado investimentos na produção e gerado bons resultados globais. Especialmente via e-commerce, canal até então pouco habitual ao segmento.

“Qualquer corpo sonoro utilizado pelo compositor é um instrumento musical.”

 Hector Berlioz (1803-1869)