Um olhar diferente sobre São Paulo

O Mercado Municipal Paulistano, conhecido como Mercadão, é um dos lugares mais fotografados do Brasil. Seus corredores estão sempre cheios de jovens turistas e estudantes empunhando câmeras; seus arcos e seus vitrais já apareceram incontáveis vezes em trabalhos de faculdade, blogs, páginas de revistas e de jornais. Dá para fotografar o mercadão sem cair no clichê?

Claro que dá. É só colocar a imaginação para funcionar, como fez o fotojornalista Tiago
Queiroz, da equipe do Estadão. Ele captou imagens do mercado, um marco arquitetônico de São Paulo, por um ângulo que nem os paulistanos estão acostumados a ver: do alto.

A capacidade de imaginar formas novas para um conteúdo conhecido é uma das maiores qualidades de um bom fotógrafo. Pouco adianta dominar a técnica quando o resultado não surpreende, não encanta o olhar. O conhecimento técnico, por sinal, pode ficar em segundo plano para quem não tem ambição profissional. A tecnologia avançou tanto que as câmeras de alguns smartphones produzem, no modo automático, fotografias impecáveis feitas por pessoas de olhar criativo.

Os aparelhos da família Moto Z – a mais inovadora da linha de produtos da Motorola – vão vários passos além. Quando equipados com o Moto Snap Hasselblad True Zoom, acessório modular que se acopla magneticamente, os aparelhos se transformam em câmeras com recursos avançados. Entre suas funções exclusivas estão o zoom óptico de até 10 vezes e o ajuste manual das configurações da câmera.

Tiago, do Estadão, dispensou o ajuste manual para fazer as fotos que ilustram esta
página. “Deixei no automático e saí fotografando”, diz o fotojornalista. O resultado, como você pode ver, é obra de profissional.

Mercado em alta
Tiago Queiroz foi ao alto de um prédio do Poupatempo, nos arredores da Praça da Sé, para clicar esta bela cena da região do Parque Dom Pedro 2º. E, claro, do popular Mercadão. “Todos fotografam o mercado do nível do chão: retratam a arquitetura e as barracas, mas não havia visto uma imagem aérea que pegasse todo o prédio”, diz. O fotógrafo tem carinho especial por essa área, uma das mais antigas da cidade – e que, por essa razão, tem poucos prédios altos.

 

 

Explosão de fofura
Fotógrafos profissionais também têm seu fraco pelos pets fofos que povoam as redes sociais. “Achei bonitinho”, disse Tiago ao responder por que fotografou o cachorro. O animal, que estava com o dono em um dia especialmente tranquilo no centro, tinha pelagem preta e branca. “Quando você for tirar fotos em P&B, tente fazer um exercício de imaginação”, sugere. “Forme uma imagem mental do lugar sem as cores e depois use os elementos da cena para compor o quadro.”

 

 

Frustas sem cor
Frutas tropicais são coloridas, então por que fotografá-las em preto e branco? Tiago explica: “Fiz este ensaio em dias nublados, quando tudo já é naturalmente mais cinzento – a luz nesses dias é propícia para fotos em P&B”. As frutas em si também fogem do lugar-comum. Em vez das onipresentes laranjas e melancias, temos exemplares incomuns vindos do nordeste brasileiro (seriguela e umbu) ou oriundos da China (lichia).