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Pós-pandemia, elas serão essenciais

Crise atingiu em cheio as mulheres. No entanto, especialistas apontam que elas são fundamentais para virar o jogo

O quadro econômico de 2020 gerou uma piora no mercado de trabalho brasileiro – e impactou as mulheres com mais força. Segundo levantamento recente do Sebrae, há quatro anos, a participação feminina no empreendedorismo brasileiro vinha crescendo. Infelizmente, a pandemia quebrou esse ciclo.

No terceiro trimestre do ano passado, a proporção de mulheres entre empreendedores caiu quase um ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2019 — chegando a 33,6% dos cerca de 25,6 milhões no País. Em números absolutos, a queda representa um retorno a patamares abaixo dos vistos em 2017, com a perda de 1,3 milhão de mulheres empresárias.

Os dados mostram algo que já é sabido: as mulheres, além de seus negócios, dedicam boa parte de seu tempo às atividades domésticas e à família. A pandemia gerada pela covid-19 apenas agravou uma situação bastante conhecida nos lares brasileiros. “São várias as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na hora de abrir um negócio, como acesso ao crédito, excesso de burocracia, jornada dupla de trabalho, além de terem que lidar com a insegurança pelo simples fato de serem mulheres”, conta Kelly Carvalho, assessora econômica da FecomercioSP.

Capacidade de inovação

“Apesar de o cenário ser desafiador, é importante lembrar que a gente é potência. As mulheres na pandemia demonstraram uma grande capacidade de inovação e uma abertura muito grande ao digital”, diz Renata Malheiros, coordenadora do projeto Sebrae Delas, programa de aceleração de negócios geridos por mulheres.

Com muitas semelhanças, o Movimento Aladas também tem como foco preparar mais mulheres para o mundo dos negócios. A fundadora, Daniela Graicar, reforça a importância do empoderamento feminino para um cenário pós-pandemia. “À medida que adquirem conhecimentos técnicos ligados ao empreendedorismo e aprendem novas habilidades de liderança e comunicação, por exemplo, as mulheres tornam-se mais seguras para sua jornada empreendedora e deixam de se sentir sozinhas nos desafios diários”, explica ela.

A hora e a vez da tecnologia

Investir em mulheres tem um impacto positivo na economia global. As empresas pertencentes a mulheres são importantes impulsionadoras da criação de empregos e do crescimento econômico. “Como para mim diversidade e inclusão são um imperativo dos negócios, todos os executivos do meu time têm o tema dentro das suas prioridades de negócio, com impacto na remuneração”, revela Tânia Cosentino, presidente da Microsoft Brasil e uma das vozes mais ativas e inspiradoras no mercado de tecnologia atual.

É como pensa também a Dell

Technologies, com o programa Dell Women’s Entrepreneur Network (Dwen). Por meio dele, a Dell está capacitando mulheres empreendedoras a expandir seus negócios com o poder da tecnologia, a expansão das redes globais e o acesso ao capital.

E uma das áreas em que as mulheres prometem se destacar ainda mais é a de inovação. “Estamos em um período de aceleração da transformação digital. Não tem como falar do pós-2020 sem falar de tecnologia, inovação e startups. O mercado está pedindo recursos, não só no lado do empreendedorismo, mas também nas grandes empresas”, esclarece Renata Zanuto, co-head do Cubo, hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico.

Pela ótica dos investidores, destaca-se um grupo de investimento-anjo chamado Wishe Women Capital, liderado por Rafaela Bassetti. Ela acredita tanto na revolução feminina no mercado que sua principal missão é convencer mulheres a investir em mulheres. “Quanto mais fundadoras de empresas com práticas e políticas diferentes existirem, melhor. Acredito que o capital é o que pode tirá-las dessa fase inicial e levá-las a outro patamar”, finaliza Rafaela. Saiba mais em Dell.com.br/Dwen.