Transformação digital

06 de dezembro de 2017

Como a transformação digital ajuda a criar novos modelos de negócios

Experiência do consumidor é o motor do desenvolvimento de soluções inovadoras nas empresas

Até 2020, uma a cada quatro empresas será digital. Isso significa que boa parte das companhias que conhecemos hoje terá desenvolvido novos modelos de negócios, focados cada vez mais na experiência do cliente. Essa tendência é parte de um percurso que muitas organizações já começaram a trilhar: a transformação digital. É um movimento necessário para que empresas tradicionais consigam concorrer com as que nascem com esse novo DNA e, por isso, são capazes de trazer ofertas inovadoras para os consumidores.

E as empresas atentas às mudanças de mercado já sabem que precisam colocar a digitalização a serviço do negócio para cumprir essa demanda de inovação. Levantamento feito no ano passado pela consultoria PwC com mais de 2 mil executivos de 53 países mostra isso. Dos entrevistados, 80% concordam que identificar oportunidades de digitalizar o negócio é uma das etapas decisivas do processo de inovação. Outros 43% afirmam que têm um time digital exclusivamente dedicado à inovação de processos dentro da empresa.

Outra pesquisa, feita pela Deloitte com mais de 300 companhias na Ásia, nos Estados Unidos, na Europa, no Oriente Médio e na África mostrou que essa preocupação com a transformação digital já dava sinais ainda em 2013. A maioria delas (53%) já acreditava naquela época que empresas que nascem a partir da tecnologia poderiam ameaçar seus modelos de negócios estabelecidos, e inclusive afetar seus resultados.

Entre as ferramentas com maior poder de modificar essa estrutura foram citadas, principalmente, as redes sociais (47%), as soluções de análise de dados (44%) e os aplicativos móveis (40%).

Nesse novo cenário de negócios inovadores que começa a tomar forma, o cliente é o principal motor dos negócios (basta pensar em empresas como Airbnb e Uber, que já fazem parte do cotidiano das grandes cidades ao redor do mundo). E é por meio das redes sociais e dos aplicativos que ele se manifesta, compara produtos e serviços e busca por melhores experiências.

Hiperconectado, esse consumidor digital é menos propenso a se manter fiel às marcas, já que tem uma gama enorme de ferramentas para verificar serviços que se adequam melhor às suas necessidades. Por que a pessoa vai pagar mais por um serviço se pode encontrar na internet a mesma qualidade com menor preço?

Por isso, a análise de dados entra nesse combo como uma importante ferramenta que as companhias têm para descobrir quais serviços realmente interessam aos clientes ou planejar novas estratégias para alcançá-los. As possibilidades de usar as informações disponíveis para impulsionar os resultados são infinitas. Está tudo aí na rede, basta saber aproveitar.

E isso vale para todos os segmentos, não só para as companhias de TI. Uma montadora de carros pode criar novos braços digitais do negócio para se manter competitiva, como um serviço de aluguel ou compartilhamento de veículos, por exemplo. Em comum, as empresas estão buscando, em primeiro lugar, uma estrutura eficiente e integrada de telecomunicações, TI, mobilidade, nuvem e segurança da informação. São esses os elementos essenciais para que as organizações suportem as demandas do mercado digital, como processamento de dados e execução de aplicativos. “Às vezes, a empresa é referência no segmento dela, mas não tem autoridade no digital. É preciso fazer essa ponte”, observa Laércio Monteiro, consultor em transformação digital da U2Place Digital.

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