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Estadão Blue Studio

Empresas cinéticas à frente da transformação digital

Tecnologia e tendências inovadoras têm capacidade para transformar de forma disruptiva organizações e modelos de negócio

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19 de março de 2021

Empresa cinética: o termo está ganhando cada vez mais força por ser um conceito aplicado por organizações que têm grande poder de adaptação e facilidade para ultrapassar a inércia que pode ocorrer conforme surgem e avançam as tecnologias disruptivas.

As “kinetic enterprises”, termo cunhado pela Deloitte alinhado ao conceito de “empresa inteligente” (como classifica a SAP Brasil), são as organizações que estão constantemente preparadas para acompanhar as mudanças. “É aquela empresa que consegue reagir rapidamente e se movimentar”, destacou Marco Antonio Dearo, sócio de Enterprise Technology & Performance e colíder da prática SAP da Deloitte, em transmissão da TV Estadão sobre o tema. “É a empresa que consegue eliminar bloqueios, barreiras, fricções que bloqueiam as inovações, livre das amarras, em um estado constante de evolução.”

Com a aceleração das transformações digitais e do mundo conectado, é fundamental que as organizações estejam prontas para responder com agilidade às mudanças e necessidades do mercado, para se protegerem das crises e poderem aproveitar as melhores oportunidades de negócio.

Ritmo acelerado em 2020

De acordo com Dearo, há cerca de cinco ou seis anos a cadência dos negócios permitia ciclos mais longos de evolução, com a construção de produtos e soluções feitos para durar mais tempo. “Hoje, no entanto, é impossível começar um projeto para uma entrega daqui a dois anos, porque tudo vai mudar completamente nesse tempo”, explicou.

Rui Botelho, COO da SAP Brasil, também convidado da live sobre empresas cinéticas, destacou que, em maior ou menor grau, tais empresas inteligentes vieram se preparando para adotar as inovações e tecnologias disruptivas – cada uma em seu próprio ritmo, que foi bastante acelerado no ano passado. “Foi uma situação inédita”, disse Botelho.

Ele pontua, no entanto, que algumas empresas tiveram dificuldades em se adaptar, por utilizar tecnologias antigas e realizar transformações em um ritmo mais lento. “Hoje, está claro que é necessário dar uma guinada para que as organizações possam se preparar para essa nova realidade, para a velocidade dessa revolução digital com a intensidade máxima. Aqui entra o conceito de empresa inteligente”, explicou, destacando o uso de tecnologias como inteligência artificial para trazer processos mais leves e conectados, entendendo melhor a cadeia de fornecedores, clientes e concorrentes e permitindo a adoção de soluções com mais rapidez.

Lideranças devem estar preparadas

É justamente essa inteligência de dados que alimenta os negócios e as relações das empresas com todos os setores do mercado. Para isso, é necessário que o conceito de empresa cinética (ou empresa inteligente) seja entendido e aplicado pelos gestores.

As tecnologias e tendências inovadoras têm capacidade para transformar as organizações e seus modelos de atuação, mas as lideranças devem procurar entender seu verdadeiro papel, evitando cair nas “promoções” que muitas vezes surgem em torno dessas inovações.

Dessa forma, a empresa pode entender com mais profundidade todo o ecossistema no qual está inserida – fornecedores, parceiros, clientes, concorrentes – e identificar as soluções que terão mais impacto atualmente e no futuro. Isso acaba se revelando especialmente importante no momento de crise, que requer ainda mais cuidado no planejamento e mais assertividade na aplicação dos recursos, em qualquer empresa.

Reveja a entrevista com Marco Antonio Dearo, da Deloitte, e Rui Botelho, da SAP Brasil, apresentada pelo jornalista Daniel Gonzales.

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