Compartilhe
4 de agosto de 2025
A inovação está redefinindo os limites tradicionais do setor de saúde. Com o uso crescente de tecnologias e inteligência artificial, dentro de uma visão 360º, as organizações do setor integram dados à gestão diária para aprimorar o atendimento, otimizar processos e reduzir custos, garantindo serviços mais ágeis e de maior qualidade para os pacientes.
Em todas as etapas deste cenário, as operadoras de planos de saúde precisam incluir os avanços mais recentes da ciência e da medicina em seus serviços, garantindo aos beneficiários acesso a tratamentos inovadores e novas tecnologias, com o apoio de dados e inteligência artificial para acompanhar a rápida evolução do setor.
Os clientes, por sua vez, também se inserem nesse cenário ao quererem – e, mais do que isso, precisarem – mais rapidez e eficiência no contato com médicos, exames e instituições. As palavras de ordem são reduzir ao máximo filas e tempo de espera, trazendo mais assertividade e inclusão às mais modernas inovações da área médica.
Neste contexto em rápida transformação, o uso de dados para o planejamento das ações e continuidade dos negócios em empresas da área da saúde resulta em projetos arrojados pelos quais os negócios vêm colhendo eficiência nos resultados. Um deles é o Sinergia, mantido pelo Sistema Unimed.
“O Sinergia Unimed representa um avanço estruturante para o Sistema Unimed, ao consolidar a convergência tecnológica em torno de soluções que pertencem ao nosso ecossistema cooperativo”, afirma Omar Abujamra Junior, presidente da Unimed do Brasil, representante institucional das cooperativas de saúde. “Seguimos valorizando parceiros de mercado, mas compreendemos que os sistemas CORE – responsáveis por gestão, cuidado e relacionamento – precisam refletir nossa identidade, garantir autonomia e potencializar o uso de dados para beneficiar todas as cooperativas. Com a união de 11 instituições, criamos cinco empresas que fortalecem essa visão: Nexdom, para gestão das operadoras; Biodoc, com segurança biométrica; Interall, integrando dados clínicos em escala; Yuni Digital, com foco na experiência digital; e Prontu+, um prontuário eletrônico desenhado para nossa realidade. É uma transformação feita por cooperativas para cooperativas – que gera valor para nossos clientes, empodera nossos médicos e assegura um futuro digital com protagonismo.”
Potencial de transformação
As healthtechs têm um grande potencial de ajudar a transformar o setor, já integrando uma ampla base de operação para aprimorar a eficiência e qualidade dos serviços de saúde.
“Essas capacidades são extremamente necessárias para habilitar esses novos resultados, essa transformação que a gente tanto cita. E eu falo de capacidades analíticas, preditivas e a criação como um todo, que são vitais para esse novo modo de operação”, analisa Luís Joaquim, sócio-líder de Life Sciences & Health Care da Deloitte. “É importante, então, que a gente olhe para isso para abrir esse novo horizonte de análise, trabalhar essa capacidade formada por pessoas, por processo, por tecnologia”, aponta o executivo.
Nesta realidade em rápida evolução, o uso de ERPs eficientes no setor da saúde é um dos pontos-chave para trazer agilidade, integração e segurança ao dia a dia das organizações da área, e vem sendo destaque na administração e integração mais eficientes e eficazes no Sistema Unimed.
ERP na saúde
Um ERP nada mais é do que um sistema de gestão dimensionado para empresas, que integra todas as áreas e os processos da organização em uma plataforma centralizada, a partir da qual é automatizada a gerência de diversos tipos de recursos – finanças, recursos humanos, produção, estoque, compras, vendas, etc. Com tudo ficando acessível em tempo real e com os dados fluindo entre diversos setores das operadoras, a troca de informações é facilitada e erros e redundâncias são praticamente eliminados.
Na prática, em se falando de saúde, um bom sistema funciona como um auxiliar fundamental na tomada de decisões estratégicas e operacionais de forma mais rápida, eficaz e sem atritos, melhorando a gestão e a relação da companhia com os beneficiários, valendo-se das tecnologias mais recentes e disruptivas. “Explorar as capacidades trazidas pela inteligência, por meio de ERPs bem planejados, bem implementados e escaláveis, passa a ser cada vez mais vital”, reforça Joaquim.
Do diagnóstico à implementação
Com o objetivo de avançar na modernização do setor, é essencial iniciar uma jornada que envolva a análise das ferramentas e sistemas de tecnologia já utilizados. Esse diagnóstico deve orientar a revisão de processos, a adoção de novas tecnologias, além da gestão de riscos e do atendimento a exigências regulatórias.
Nesse campo, o Sistema Unimed, por meio de uma das empresas do Sinergia Unimed, a Nexdom, vem redesenhando seus ERPs em busca da máxima eficiência e obtendo resultados expressivos com a condução realizada pela Deloitte
“É fundamental que a gente tenha um aliado estratégico que traga uma isenção, uma isonomia, uma visão de fora, e que tenha uma longa experiência de mercado, como a Deloitte”, diz Daniel Torres, CEO da Nexdom, detentora de mais de 130 casos de implementação, abrangendo 6,5 milhões de beneficiários.
O processo de redesenho da estrutura tem um olhar especial para o sistema Unimed, presente em praticamente todo o País, e com uma série de particularidades regionais.
O trabalho compreende dois pilares principais: o primeiro é uma nova visão interna, olhando para os cinco ERPs já existentes para aumentar sua eficiência e potencializar as soluções “que já existem dentro de casa”, de acordo com Torres. Isso vem sendo complementado pela visão externa, olhando as tendências e necessidades do mercado de saúde, trazendo tais inovações para dentro dos sistemas.
Entrevista
Em uma conversa conduzida pelo jornalista Daniel Gonzales, Luis Fernando Joaquim, sócio-líder de Life Sciences & Health Care da Deloitte, e Daniel Torres, CEO da Nexdom, compartilham suas perspectivas sobre os desafios e as oportunidades do setor de saúde, destacando a importância de promover mais agilidade, integração e segurança por meio de tecnologias, em especial os ERPs.