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Estadão Blue Studio

Programa Empresas com Melhor Gestão reconhece organizações de Norte a Sul do Brasil

Realizado pela Deloitte com apoio da HSM e da Exame, programa chega à quarta edição destacando 23 empresas privadas por boas práticas de gestão, inovação, governança e crescimento; entre as premiadas, Agrária, Cocamar, Nissei e Farmax receberam selo especial

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3 de junho de 2025

Empreender em um país cheio de volatilidades como o Brasil não é tarefa fácil. Fazer uma empresa crescer, inovar e ter uma boa governança é uma missão ainda mais complexa. Não é à toa, portanto, que quem faz esse trabalho com afinco mereça o devido reconhecimento – e esse é um dos objetivos do programa Empresas Com Melhor Gestão (“Best Managed Companies”).

Implementado pela Deloitte em 46 países, o programa já reconheceu mais de 1,7 mil empresas em todo o mundo. No Brasil, a iniciativa conta com o apoio da HSM e da Exame. Na tarde da última quarta-feira, 28 de maio, a quarta edição do programa destacou 23 empresas brasileiras privadas – incluindo negócios familiares, emergentes, de private equity e de capital fechado – por suas melhores práticas de gestão e governança.

“É um selo do qual as empresas podem se orgulhar. As organizações reconhecidas são símbolo de resiliência, transformação e seriedade. Trabalhamos com muito critério para avaliar essas empresas”, afirmou Ronaldo Fragoso, Chief Growth Officer da Deloitte no Brasil, durante a abertura do evento.

Para serem reconhecidas, as organizações devem se inscrever e compartilhar suas práticas de gestão em quatro pilares: capacidade de inovação; estratégia e ESG; cultura e compromisso; e governança e finanças.

Após uma primeira filtragem, as organizações selecionadas entram no programa, passando por um processo robusto de mentoria, diagnóstico e análise estratégica. “Estamos aqui não só para premiar, mas para provocar reflexões. É um processo educativo, que exige olhar com profundidade para todas as dimensões do negócio”, destacou o sócio Paulo de Tarso, líder do programa no Brasil.

Das 23 reconhecidas em 2025, quatro receberam o selo Gold, concedido a empresas que participam do programa por pelo menos quatro edições consecutivas. Na atual edição, as cooperativas agroindustriais Agrária e Cocamar, a farmacêutica Farmax e a varejista Nissei receberam a honraria.

Outras 10 organizações estrearam no programa: Amarante, Aurora, Bemol, JCC, ComExport, Coopercitrus, Galvani, Pamplona, Piracanjuba e Zilor. Elas se juntam a um grupo que já havia recebido o selo da Deloitte nas temporadas anteriores: Be8, Cocal, Gazin, Grupo Cornélio Brennand, Moura, Masterboi, Santa Helena, SLC Máquinas e Três Corações.

De Norte a Sul, a força do interior do Brasil

Além da análise das práticas de gestão, o evento evidenciou a força econômica das empresas reconhecidas. Juntas, elas movimentam mais de R$ 100 bilhões em receita anual. Outro ponto importante é a descentralização: todas as regiões do País estão representadas no programa, com destaque para o Nordeste, com dez participantes, e para o Sul, com oito. O CEO da Deloitte, Marcelo Magalhães, esteve presente na premiação e, durante a abertura, destacou como esse grupo de empresas simboliza a pujança da economia brasileira além do eixo Rio-São Paulo.

Outro destaque está na presença significativa de dois setores dentro da lista: agronegócio e alimentos e bebidas. Juntos, eles representam 57% das organizações reconhecidas pelo Empresas com Melhor Gestão. “É mais uma mostra de como o agronegócio traz sua relevância para a economia brasileira”, acrescentou Paulo de Tarso, da Deloitte.

Inovação, inteligência artificial, cultura e diversidade geracional

Realizado no JW Marriott Hotel, na zona sul da capital paulista, a quarta edição do Empresas com Melhor Gestão não só reconheceu as organizações, mas também serviu como um espaço de debate sobre os desafios enfrentados pelas empresas brasileiras. Durante os painéis, executivos e especialistas refletiram cada vez mais sobre a importância da governança, da inovação e da cultura organizacional em um cenário cada vez mais volátil.

No primeiro painel, que contou com a mediação do editor da Exame, Leo Branco, a inteligência artificial e a digitalização foram destaques, com os executivos discutindo como o uso de tecnologia tem mudado suas operações e aumentado sua credibilidade para os clientes. O tema também aparece como um desafio da cultura organizacional.

“Se a pauta da inovação não é disseminada em toda a empresa, as oportunidades se perdem. As oportunidades surgem na venda, no contato com cliente, na rua, na fábrica. Se o time não estiver preparado para identificar essas oportunidades e não houver uma cultura que estimule isso, a inovação não vai acontecer”, comentou Alvaro Machado Neto, COO da Learning Village e diretor da HSM.

O executivo, que apoia o programa desde a primeira edição, também destacou a capacidade de evolução e resiliência das empresas participantes. “Participamos não só com olhar de premiação, mas também buscando oportunidade de desenvolver as empresas, enxergando oportunidade de melhoria de processos em seus pilares, trazendo ferramentas para sua evolução”, disse Machado. “Na primeira edição, vimos empresas que ainda estavam amadurecendo alguns pilares e avançaram muito ao longo dos anos. É algo que nos deixa muito felizes.”

Já no segundo painel, moderado por Paulo de Tarso, da Deloitte, discussões sobre cultura foram o principal destaque. Os executivos participantes destacaram desafios como a diversidade etária, com até seis gerações trabalhando juntas ao mesmo tempo, a formação de lideranças e a capacitação profissional.

“Com este programa, a Deloitte busca incentivar práticas mais eficazes de governança e administração nas organizações, ajudando-as a alcançar resultados mais relevantes e sustentáveis, sempre considerando os impactos positivos que suas atividades podem gerar”, finalizou o líder do programa no Brasil.

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