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25 de novembro de 2014
A Lei 12.846, de 2013, conhecida como “Lei Anticorrupção” (ou também “Lei da Empresa Limpa”), é um importante instrumento para reforçar a ética nos negócios, principalmente por favorecer a investigação e a punição dos envolvidos em práticas que envolvam corrupção. O tema exige atenção por parte das empresas para garantir um relacionamento adequado com as instâncias governamentais.
“Entender como os processos de compliance podem dar maior segurança às organizações e ao cumprimento dos seus próprios valores éticos é essencial neste novo cenário”, destaca Ronaldo Fragoso, líder da área de Consultoria em Gestão de Riscos Empresariais da Deloitte.
Fragoso explica que as empresas precisam adotar uma série de medidas que inibam atos de corrupção por parte de seus executivos, funcionários, fornecedores e parceiros de negócios, trazendo à tona a importância das ações de compliance. Estas têm como objetivo proporcionar segurança para empresas quanto à aderência às regulamentações do mercado, às legislações específicas do seu setor e, agora também, às regras aplicáveis ao relacionamento entre iniciativa privada e setor público. “As práticas de compliance devem envolver a adoção de códigos de conduta, treinamentos e aplicação de programas que combatam a corrupção dentro das empresas”, destaca o especialista.
José Paulo Rocha, líder da prática Forense da Deloitte, destaca a importância de conhecer as exigências da nova lei e saber lidar com os grandes desafios que ela impõe. “Estar preparado para conduzir investigações internas de transações suspeitas, e saber lidar com órgãos reguladores e autoridades legais é fundamental para controlar o processo e mitigar as consequências financeiras e de reputação da empresa.”
Pesquisa inédita sobre o tema
A Deloitte divulga, na próxima sexta-feira, dia 28 de novembro, os resultados completos do estudo “Lei Anticorrupção – Um Retrato das Práticas de Compliance na Era da Empresa Limpa”, que contou com a participação de mais de 120 corporações, com faixas de faturamento de R$ 50 milhões a R$ 2,5 bilhões ao ano. Confira a seguir, em primeira mão, alguns dos resultados do levantamento.
Investimento em compliance
A seguir, as respostas das empresas para as faixas de investimento dedicado à manutenção de uma estrutura de conformidade com práticas de treinamento, tecnologia e canais de denúncia.
76% das empresas investem até R$ 1 milhão por ano
18% investem de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões
6% investem mais de R$ 5 milhões
Política anticorrupção
Apesar de contar com políticas, a ocorrência de suspeitas de corrupção no ambiente interno ainda é muito grande.
66% das empresas participantes disseram ter política anticorrupção
55% responderam que a empresa teve casos suspeitos de corrupção
O custo anual da corrupção equivale a US$ 2,6 trilhões, cerca de 5% de todas as riquezas produzidas no mundo no mesmo período
Fonte: Fórum Econômico Mundial, 2014
Questões críticas relacionadas à corrupção na visão das empresas
Áreas mais expostas ao risco de corrupção
– Suprimentos (compras)
– Comercial (vendas)
– Relacionamento com o setor público
– Gestão de obras
– Licenças e protocolos
Principais meios apontados para reduzir o risco de corrupção
– Compromisso da alta administração
– Treinamento adequado e amplo
– Clara comunicação das políticas
No setor em que atuam, as empresas apontam as formas de corrupção mais frequentes
–
Pagamentos indiretos (para agentes, representantes, intermediários etc)
– Presentes, brindes, hospitalidade, entretenimento, viagens inapropriadas
– Facilitação de licenças
Nesta sexta-feira, confira a versão completa do estudo “Lei Anticorrupção – Um Retrato das Práticas de Compliance na Era da Empresa Limpa”, em www.deloitte.com.br. Aproveite para acessar nesse site outros conteúdos sobre governança corporativa.