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5 de fevereiro de 2025
A liderança financeira das corporações desempenha atualmente um papel estratégico e multifuncional no dia a dia dos negócios, funcionando como catalisadora da transformação da cultura organizacional voltada para a sustentabilidade, o social e a governança – os pilares das práticas ESG. “São profissionais que, com uma visão de longo prazo, criam processos e ferramentas para integrar a sustentabilidade às operações do negócio, gerando valor e impacto ambiental positivo – ações fundamentais para equilibrar eficiência, inovação e reputação dentro das organizações”, afirma Maria Emilia Peres, sócia da Deloitte para estratégia em sustentabilidade e inovação.
O “como fazer isso”, em um mundo complexo e competitivo, esteve no centro de uma série de eventos organizados pela Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (IBEF-SP). Para gerar valor em longo prazo, é necessário integrar as finanças às práticas ESG em todas as decisões da organização. Essa conexão exige a capacitação dos CFOs em métricas financeiras e não financeiras, além de conhecimentos em contabilidade sustentável.
“Nas reuniões, encontramos participantes de diversos setores da economia e com diferentes níveis de maturidade em relação ao tema, o que contribuiu para a diversidade de olhares. A excelente condução realizada pelo time da Deloitte mesclou conteúdos atualizados, depoimentos de experts no tema e momentos de discussões, com provocações relevantes a todos. Para nós, foi possível reforçar e entender como os CFOs podem e devem se envolver com a pauta, e que o IBEF-SP pode se tornar protagonista no letramento e suporte aos seus associados nesse tema”, afirma Tulia Brugali, membro do Conselho da Fundação Ténis
Transparência e regulamentação: fundamentos essenciais para a sustentabilidade corporativa
O papel crucial e inovador que as lideranças financeiras podem desempenhar no dia a dia das corporações está cada vez mais consolidado, segundo Karina Mendes Gonçalves, diretora de Planejamento e Gestão Financeira da Claro S.A. “Essa liderança desempenha um papel essencial na implementação e no acompanhamento de práticas ESG dentro das organizações, sendo responsável por alinhar os objetivos financeiros com os de sustentabilidade e responsabilidade social. Além disso, deve garantir que as decisões financeiras sejam tomadas considerando os impactos ambientais, sociais e de governança, e comunicar de forma transparente os resultados ESG aos stakeholders.”
Questões ligadas à transparência e ao impacto de novas regulamentações não poderiam ficar fora da pauta. Toda e qualquer informação passada aos investidores precisa ter lastro. “O treinamento proporcionou uma compreensão mais profunda da importância da integração dos fatores ESG nas estratégias empresariais. Precisamos desenvolver habilidades para medir e gerenciar riscos e oportunidades ESG, além de comunicar eficazmente os benefícios financeiros e não financeiros das iniciativas de sustentabilidade”, explica Karina.
A liderança multifacetada do CFO
Todas as discussões tiveram como pano de fundo a metodologia “As quatro faces do CFO”, desenvolvida pela Deloitte, que aponta que as lideranças financeiras de hoje devem desempenhar quatro funções diversas e desafiadoras. Além das já tradicionais, de administrador, preservando os ativos da organização, minimizando os riscos e acertando os livros financeiros, e de operador, à frente de processos rigorosos, eficientes e eficazes, é cada vez mais importante que os CFOs sejam estrategistas, ajudando a moldar a estratégia e a direção geral, e catalisadores, incutindo uma abordagem financeira e uma mentalidade em toda a organização para ajudar outras partes do negócio a ter um melhor desempenho.
O papel do CFO vai muito além da prestação de contas e dos relatórios”, afirma Magali Leite, presidente da Diretoria Executiva do IBEF-SP. Gestão financeira, análise de risco, monitoramento de processos e registros, avaliação de desempenho empresarial e estratégia para o futuro são questões que devem estar na pauta da liderança das áreas de finanças. “Essa experiência é relevante e habilita o líder a desempenhar um papel proeminente, trazendo o olhar de risco e financeiro sobre os impactos do negócio, com foco na resiliência e perpetuidade”, conclui Magali.