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Estadão Blue Studio

Transformação digital e IoT: sucesso depende de alinhamento de frentes internas

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25 de outubro de 2016

A transformação digital é uma complexa jornada que deve partir da mais alta liderança e impacta todas as áreas de empresa. Envolve a criação de modelos de negócio ou lançamento de produtos e serviços completamente novos, através do uso de tecnologias, métodos e processos que estão em constante evolução.

Estudo recente da Deloitte Global Mobile Consumer Survey (GMCS 2016) – que apura o hábito de consumo de equipamentos e serviços de tecnologia móvel em 31 países do mundo -, sinaliza uma forte tendência de crescimento de IoT (internet das coisas) no Brasil, tanto nas aplicações voltadas ao consumidor quanto empresariais.

Entretenimento e segurança são os preferidos na internet das coisas. O crescimento dos objetos conectados está integrando e mobilizando as cadeias das indústrias de telecomunicações, tecnologia e manufatura.

“Como as novas tecnologias estão ficando cada vez mais acessíveis economicamente e a oferta está mais abundante e diversificada, a tendência é de crescimento acelerado em nosso País”, declara Marcia Ogawa, sócia-líder para o atendimento à indústria de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações da Deloitte.

“A internet das coisas é uma das tecnologias mais disruptivas do momento e impacta praticamente todas as indústrias e processos de negócio. Podemos defini-la como uma rede de objetos físicos – dispositivos, veículos, casas, equipamentos, pessoas – que são embarcadas com software, sensores e conectividade, permitindo coletar e armazenar dados, transformando estes dados em inteligência para o consumidor ou empresas”, explica a executiva.

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IoT: novos caminhos da transformação digital

No Futurecom, realizado na última semana em São Paulo, foi divulgado que o Governo Federal, através do MCTIC, está lançando o Plano Nacional de IoT. “Trata-se de um plano bastante arrojado e estruturado, que poderá definir as bases para inserir o Brasil em outro patamar nesta área. Podemos dar dois passos à frente em muitos segmentos”, avalia Marcia Ogawa.

O grande impacto do IoT é no mundo corporativo: na manufatura, na logística, na saúde, na agricultura, na energia e outras indústrias, tanto no aumento de produtividade quanto na possibilidade de criação de novos modelos de negócios.

Pesquisa interna recente da Deloitte com seus clientes constatou que as empresas brasileiras de grande porte estão dando início aos seus projetos, ou planejam fazê-lo nos próximos 12 meses. “A jornada normalmente se inicia com a atuação de um pequeno grupo de pessoas, com perfil mais inovador, jovem, ávido por tecnologia e que desafia o ‘status quo’, questionando os modelos atuais utilizados e propondo novas alternativas. A alta liderança deverá apoiar este grupo, aportando investimentos e aferindo os resultados de forma constante”, alerta Marcia Ogawa.

A executiva destaca os principais desafios da Governança, que envolvem o alinhamento de várias forças para sustentabilidade e avanço dos projetos de IoT:

Liderança: deve estar totalmente comprometida com o processo de transformação e prover o apoio ao grupo que está conduzindo a jornada. “O sponsorship do CEO é mandatório”, alerta.
Cultura: o grupo que desafia a organização possui outro perfil, mais inovador e tomador de riscos. “Muitas vezes os agentes de transformação vêm de fora da organização, com DNA não nativo, podendo haver um choque de culturas”.
Organização: trocar as peças do avião em pleno voo não é uma tarefa fácil; As empresas normalmente adotam a organização dual, pessoas para conduzir o “run the business” e outras para “change the business”.
Métricas de desempenho: a jornada de transformação exige investimentos e é mandatório que as métricas de desempenho sejam distintas para o grupo que conduz este processo.

“É fundamental que a alta liderança das empresas esteja ciente da necessidade do investimento em IoT, bem como estejam claras as formas de monetização dos projetos. O IoT não significa simplesmente sensorizar e monitorar, mas sim trazer inteligência para a organização. Somente assim os projetos ganharão visibilidade e credibilidade nas organizações. O Brasil precisa correr no movimento do IoT para não perdermos o bonde”, finaliza a executiva.

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