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Estadão Blue Studio

Migração de soluções tributárias para a nuvem aumenta eficiência das empresas e confiança nos dados

Mudança, que ganhou especial atenção por causa da pandemia, também ajuda a corporação a atuar com maior facilidade diante de exigências regulatórias

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2 de fevereiro de 2023

Soluções de ERP (planejamento de recursos empresariais) com base na nuvem ganharam enorme impulso nos últimos anos, principalmente por causa da pandemia da covid-19, que evidenciou a importância de um planejamento cada vez maior e mais minucioso. Somando-se a isso, percebe-se no setor empresarial uma preocupação cada vez maior dos líderes em ganhar eficiência, produtividade e rapidez sobre pontos-chave da gestão de uma organização.

Dessa forma, torna-se natural e necessário incorporar à nuvem as questões de planejamento e controle da área tributária das empresas. Essa migração dos tributos facilita a programação global dos impostos dentro da política financeira da companhia; amplia a capacidade de avaliar as implicações fiscais de decisões estratégicas com agilidade; e ainda facilita o mapeamento e eventuais adaptações a temas como mudanças de regulamentações e exigências legais.

Os executivos Igor Ivanov, líder de serviços de Technology & Compliance da área de Consultoria Tributária da Deloitte, e Ulisses Souza, VP Latam de Tecnologia e Produtos da Thomson Reuters, comentaram a importância de incorporar a tributação às pautas de planejamento nas empresas, em uma transmissão especial feita pela TV Estadão.

Para Ivanov, esse movimento de migração tecnológica de ERP vem sendo acelerado e vai continuar por vários anos, e a mudança dos sistemas tributários para a nuvem vem acompanhando essa jornada. “Numa corporação tradicional, esse direcionamento para a nuvem já requer que você aponte as informações para sua solução fiscal. E muitas empresas têm adotado o seguinte pensamento: uma vez que já está mudando o núcleo da operação para cloud, por que não já fazer essa movimentação completa, acompanhada da solução fiscal. É algo muito natural”, explica.

O executivo da Deloitte diz que outro fator nesse cenário é a importância que a área tributária vem ganhando dentro das corporações. “Deixou de ser uma estrutura meramente organizacional, para gerenciamento das obrigações junto ao fisco. As empresas vêm percebendo que a estrutura tributária é relevante no que tange ao desempenho operacional, financeiro e oportunidades fiscais, o que se deve à constante mudança de leis e regras em nosso país.” Isso acaba significando, em muitos casos, dinheiro na mão para mais investimentos.

Souza, da Reuters, avaliou a necessidade de preparar as organizações para um futuro ainda incerto de exigências regulatórias, tornando mais robusta a gestão dos impostos por meio dessas ferramentas de tecnologia em nuvem. “Existem algumas variáveis a serem observadas: tem a questão tecnológica, gerando impacto de uma vez só com a migração dos ERPs, e também da gestão tributária. Porém, mais do que isso, há a realização de uma reengenharia dos processos, tentando um pouco de simplificação e olhando para a utilização de dados”, analisa. “Isso para que você entenda não só as demandas regulatórias, mas para que também possa analisar detalhadamente a performance do seu negócio.”

Para ele, diante das incertezas regulatórias, alavancar as soluções em nuvem acaba sendo um grande ativo. “Quando você tem uma solução ‘in house’ [dentro da empresa], os projetos de implementação muitas vezes são mais longos, com muita gente envolvida, alocação de times, modelos de testes, etc. Ao passo que, quando você opera em nuvem, compartilha das boas práticas em conjunto com várias empresas. Há uma grande vantagem nessa solução digital, ainda com o benefício de poder contar com um parceiro como a Deloitte, que tem todo o conhecimento tributário para alavancar o que já temos de bom no produto.”

Para as empresas que vão iniciar a migração ou estão em meio a essa jornada, segundo Ivanov, existem desafios em várias frentes, nos aspectos operacional e organizacional. “Alguns mais tradicionais e outros mais novos. Cito três exemplos: a busca por equilíbrio entre o dia a dia e essas transformações, nas estruturas fiscal e tecnológica; a questão dos cadastros básicos da empresa (clientes, fornecedores, etc.), que devem estar bem saneados, para que não se tenha que fazer isso mais para frente; e uma questão mais cultural, trabalhar a baixa resistência dos funcionários e gestores, para que possam assimilar essas rotinas e novas tecnologias para que consigam redesenhar suas obrigações.”

Por fim, Ulisses Souza destacou alguns pontos como bases do trabalho da Thomson Reuters em sua jornada tributária para a nuvem: um pilar focado nas regulamentações e obrigações legais, outro na busca por eficiência organizacional, uma análise de dados e a integração dessas informações de qualidade com outros ERPs da empresa, para que tudo gere uma visão correta das operações de negócio.

Você pode assistir à integra do painel, que foi mediado pelo jornalista Daniel Gonzales, apresentador da Rádio Eldorado FM, em estadaobluestudioplay.com.br.

 

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