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Estadão Blue Studio

Blockchain e identidade digital: eficiência e redução de custos na indústria financeira

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31 de janeiro de 2017

A tecnologia está incorporada ao nosso dia a dia e o volume de informações interconectadas se torna cada vez maior. Ao abrir uma conta bancária, pagar um boleto online, efetuar uma transferência, realizar uma compra ou em todas as transações pertinentes ao mundo corporativo, há uma grande circulação de dados que exigem sistemas sofisticados que aliem segurança e praticidade.

Acompanhando de perto os caminhos, tendências e efeitos dessas tecnologias disruptivas, a Deloitte elaborou dois importantes estudos* ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, entre os dias 17 e 20 de janeiro, que destacam o potencial da tecnologia blockchain e a oportunidade das Instituições Financeiras no aprimoramento de sistemas de identidade digital.

“Precisamos de métodos convenientes e seguros para que as pessoas possam provar sua identidade em ambientes online. Os sistemas de que dispomos hoje não estão à altura dessa importante tarefa”, afirma Marcello De Francesco, sócio da área de Risk Advisory da Deloitte.

Na visão do executivo, as instituições financeiras (no caso do Brasil, os grandes bancos) têm condições de assumir um protagonismo nesse cenário, por estarem em uma posição privilegiada em relação ao desenvolvimento desse tipo de solução. “É uma indústria confiável, com acesso a uma ampla gama de dados e que, em muitos casos, dispõe de tecnologias mais sofisticadas do que outros segmentos”, explica Marcello De Francesco.

Os resultados da pesquisa da Deloitte estão totalmente alinhados à realidade brasileira, segundo os consultores. “Como exemplo, basta ver a adesão dos grandes bancos brasileiros à exploração desta nova tecnologia e a preocupação constante com o tema de identidade digital.”

Potencial transformador do Blockchain

Em seu outro estudo, a Deloitte destaca o enorme potencial transformador da tecnologia de DLT – Distributed Ledger Technology, conhecida genericamente como blockchain, que será capaz de proporcionar eficiência, simplificação e consequente redução de custos pelo estabelecimento de uma nova infraestrutura de serviços na indústria financeira.

“Claramente a tecnologia DLT não é a solução para todos os problemas, mas deve ser vista como uma das muitas tecnologias sobre as quais serão formadas as bases desta nova infraestrutura de serviços financeiros. As aplicações de DLT serão diferentes de acordo com os diversos casos de uso possíveis, alavancando a tecnologia de maneiras distintas, de modo a gerar uma gama muito grande de benefícios”, argumenta Paschoal Baptista, sócio da área de Serviços Financeiros da Deloitte.

Sistema ideal

Conceitualmente, as principais características de um sistema ideal de identificação digital são:

• Viabilizar as transações de forma ágil, eficiente e conveniente para os usuários finais.

• Ter escalabilidade, que significa tratar grandes volumes de usuários / transações.

• Garantir segurança quanto ao software, sistemas, tecnologias e processos (que incluem pessoas).

• Oferecer controle de privacidade permitindo aos usuários conhecerem e aprovarem (ou reprovarem) o nível de exposição e uso de suas informações.

• Ser comercialmente viável, já que o custo da transação deve ser compatível ao preço do produto ou serviço.

Oportunidades

Marcello De Francesco aponta três blocos de oportunidades oferecidas pelo blockchain:

1.   Ganho de eficiência e redução de custos: com mais informações, as instituições conseguem desenvolver melhor seu trabalho.

·       Aprimoramento dos processos / automação

·       Melhoria dos serviços prestados aos usuários

·       Melhor avaliação de riscos / scoring com base em informações mais detalhadas e precisas

2. Aumento da receita:

·       Oportunidades para lançamento de novos produtos e serviços

·       Prover serviços especializados em identidade digitais

·       Aumento da base de clientes

3. Transformação do negócio: a instituição financeira passa a atuar como intermediária de confiança entre as partes, oferecendo outros serviços e representando seus clientes junto a outras instituições, auxiliando-os.

·       Parcerias com setor público

·       Reforçar a atuação como assessor do cliente, inclusive para temas não financeiros

·       Complementar informações para avaliação do risco de crédito de clientes

Novos caminhos

As oportunidades de blockchain em Bancos, Seguradoras e Bolsas se estendem também para outras verticais, que não apenas financeiras, segundo os consultores. Há aplicabilidade nas áreas de Saúde, Governo, Telecomunicações, Consumo, entre outras.

A Deloitte investe fortemente no tema blockchain e inaugurou, no início deste ano, um LAB em Nova York para o tema, que vem se juntar aos demais já existentes.

Sobre os estudos da Deloitte:

O Fórum Econômico Mundial, entre as suas missões, tem o papel de endereçar assuntos de impacto global na indústria. Dentro deste contexto, a Deloitte foi chamada inicialmente para abordar as inovações disruptivas em Serviços Financeiros, em 2015. O relatório teve grande repercussão e foi solicitado que a Deloitte se aprofundasse em dois temas, desenvolvidos em 2016 e apresentados em Davos, de 17 a 20 de janeiro:

·       “The future of financial infrastructure: An ambitious look at how Blockchain can reshape financial services” onde se explora o potencial da tecnologia DLT em transformar a infraestrutura da indústria de serviços financeiros mostrando áreas de aplicabilidade e cases relevantes.

·       “A Blueprint for Digital Identity: The Role of Financial Institutions in building Digital Identity” onde se explora o potencial das Identidades Digitais, não apenas nos serviços financeiros, mas em vários outros setores.

Para acesso a esses e outros estudos Deloitte: https://www2.deloitte.com/br/pt.html

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