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8 de novembro de 2016
A Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) promove amanhã, 09/11, em São Paulo, o Fórum Pacto Global, que irá discutir como o setor privado pode contribuir para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em vigor desde o início deste ano.
“Os ODS têm sido a agenda de Sustentabilidade mais em voga hoje. Empresas estão bastante mobilizadas em relação a este tema e já o incluem em seu planejamento estratégico”, explica Beatriz Martins Carneiro, secretária executiva da Rede Brasil do Pacto Global, que é apoiado localmente pela Deloitte.
Camila Gualda Araújo, sócia-líder do Centro de Governança Corporativa da Deloitte, comenta que empresas pioneiras têm buscado compreender a abrangência dos 17 ODS, a fim de identificar ações que possam ser desenvolvidas em seus ambientes corporativos.
“Grande parte dos ODS requer engajamento governamental, e o Brasil tem se destacado tanto na esfera corporativa, como no compromisso público. Para essas empresas que buscam se diferenciar no mercado, estudar os ODS e definir iniciativas para implementá-los certamente irá culminar em respostas muito positivas da sociedade”, pondera.
Pioneirismo
O Brasil foi premiado durante evento em Nova York, em junho deste ano, sendo o único país com dois ganhadores, dentre os dez classificados como pioneiros na implantação dos ODS. Foram 600 empresas que se candidataram, abrangendo 98 países.
Os ODS são o ponto alto da Agenda 2030, que engloba 169 metas baseadas nos três pilares do desenvolvimento sustentável: aspectos econômicos, ambientais e sociais. Algumas delas são bastante alinhadas ao dia a dia de qualquer empresa, independentemente do seu segmento ou porte, tais como eficiência energética e direitos humanos (observando a igualdade de gênero ou combatendo o trabalho infantil, por exemplo). “São questões de grande importância e que não exigem investimento ou alto custo financeiro”, argumenta Beatriz.
Camila complementa: “existem metas que podem ser desdobradas em ações corporativas imediatamente, sem a necessidade de aguardar ações do Governo para dar início à implementação dos ODS”.
Como exemplo, a sócia da Deloitte destaca meta ligada ao ODS 16 (Paz, Justiça e Instituições Fortes). “Temos visto iniciativas marcantes no Brasil para combater a corrupção em todas as suas formas. É notável o fortalecimento das empresas que prezam a ética nos negócios. Pessoas optam por trabalhar em empresas éticas, consumidores optam por comprar de empresas éticas, bancos oferecem melhores condições a empresas éticas”, argumenta.
Contribuição efetiva das empresas
No Fórum, será divulgado estudo sobre a contribuição das empresas do Comitê Brasileiro do Pacto Global – formado por um grupo de organizações que faz a gestão da Rede Brasil do Pacto Global – para o alcance dos ODS. “Percebemos que, embora estejam em estágios diferentes de implementação, todas têm se dedicado ao assunto. Os ODS mais trabalhados pelas empresas são o 8 (Trabalho decente e crescimento econômico) e o 13 (Ação contra a mudança global do clima)”, conta Beatriz Martins Carneiro.
Camila Gualda Araújo esclarece que são inúmeras as ações atreladas ao desenvolvimento sustentável: “as empresas precisam buscar formas de identificar iniciativas alinhadas à sua estratégia e ao seu negócio, para priorizá-las em uma linha de tempo que justifique o investimento x custo x resultado, de forma a implementá-las e comunicá-las ao seu mercado de interesse, da melhor forma”.
“O trabalho é longo, requer compromisso e determinação, mas certamente trará resultados positivos, não só ao negócio, como também à sociedade e ao meio ambiente, pilares fundamentais da sustentabilidade”, conclui Camila.
O “Fórum Pacto Global – setor privado rumo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável” acontece amanhã, 09/11, no auditório do MASP, em São Paulo. Para mais informações, acesse: www.pactoglobal.org.br
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