Jornada ESG

Produção

Estadão Blue Studio

Cenário de mudanças evidencia papel estratégico da Auditoria Interna

Compartilhe

29 de setembro de 2016

O ambiente corporativo se mostra cada vez mais dinâmico frente aos avanços e desafios do cenário global. Suas áreas assumem novos papeis, visando não somente atender às melhores práticas de governança como também garantir o posicionamento e a expansão de seus negócios.

Neste contexto, evidencia-se o desejo por mudanças na Auditoria Interna, tanto no Brasil quanto no mundo, como forma de viabilizar uma atuação relevante e mais estratégica. É o que mostra a mais recente edição da pesquisa “Auditoria Interna no Brasil – Análise comparativa das tendências globais para uma função em transformação”, desenvolvida pela Deloitte, em parceria com o Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) e que contou com a participação de mais de 1200 líderes da prática de auditoria interna (17% de empresas que atuam no Brasil).

“A Auditoria Interna vem conquistando cada vez mais espaço na agenda dos executivos, pois tem buscado assegurar a objetividade das análises e o reporte tempestivo e periódico dos aspectos relevantes, baseado na estratégia e nos riscos empresariais e também na antecipação dos aspectos e oportunidades que podem ajudar na prevenção e geração de valor”, comenta Alex Borges, sócio da área de Risk Advisory e líder da prática de auditoria interna da Deloitte.

A pesquisa demonstrou que mais de 80% dos líderes de Auditoria Interna entendem que suas áreas deverão passar por transformações nos próximos anos, para garantir impacto e relevância perante os conselhos de administração, comitês de auditoria e demais níveis executivos.  Segundo Paulo Vitale, sócio da área da área de Risk Advisory da Deloitte, essas mudanças serão importantes para viabilizar o sucesso da Auditoria Interna nas organizações, e estão relacionadas às inovações no uso da tecnologia, formas de alocação de profissionais e capacidade de antecipar riscos relevantes.

Instrumento de Governança

Os consultores explicam que a Auditoria Interna é um dos principais instrumentos de apoio à Governança: possui uma atuação abrangente e autonomia para avaliação da gestão e dos processos de negócio da empresa e tem sido cada vez mais requerida para uma análise independente de temas importantes, relacionados aos objetivos estratégicos das organizações.

Na opinião de ambos, a auditoria interna deverá empregar esforços para uma atuação alinhada aos riscos prioritários, balanceando o enfoque tradicional de asseguração (“assurance”) com uma abordagem mais consultiva e estratégica.

“Assim, a Auditoria Interna manterá sua independência, profissionalismo e a busca contínua pela geração de resultados de valor agregado, alinhados aos desafios empresariais das organizações, complementa  Paulo Vitale.

Neste sentido, as auditorias internas estão buscando fortalecer a sua forma de atuação, maximizando a abrangência dos trabalhos, a assertividade de suas conclusões e a velocidade de resposta às demandas dos níveis executivos.

Papel estratégico impõe desafios

O Brasil está alinhado às principais tendências mundiais de mercado. Para alguns dos principais pilares que demonstram a transformação da Auditoria Interna, o País vem apresentando alguns avanços frente aos demais, como na capacidade de uso de ferramentas de Analytics.

“Os últimos acontecimentos e o fortalecimento das regulamentações no mercado brasileiro têm requerido da Auditoria Interna um aperfeiçoamento dos seus métodos, maior abrangência, um reporte claro e preciso, destacando os pontos relevantes, assegurando sua independência na gestão”, argumenta Borges.

Atualmente um dos principais desafios é manter-se alinhado às tecnologias digitais, de forma a assegurar precisão e objetividade na comunicação dos trabalhos de Auditoria Interna. Paulo Vitale comenta que as auditorias vêm se utilizando de ferramentas, “que têm possibilitado análises avançadas de dados, que ao serem incorporadas aos trabalhos da auditoria interna têm ajudado os executivos na sua tomada de decisão, a partir do melhor entendimento das oportunidades e ameaças aos negócios, para rapidamente direcionar e coordenar as ações de melhoria e mitigação”.

Destaques da pesquisa:

– Líderes de auditoria interna reconhecem necessidade de mudança

Uma parcela expressiva (85% da amostra global, e 82% da amostra do Brasil) acredita que a Auditoria Interna deve passar por mudanças moderadas ou significativas para viabilizar o sucesso da área nas organizações onde atuam.

– Cenário exige maior qualificação no Brasil

Para os próximos anos, tendem a ser mais demandadas para a área de Auditoria Interna:

– prevenção e detecção de fraudes (70%)
– análise de dados (67%)
– modelos de riscos (66%)

Para acesso às pesquisas da Deloitte e a outros conteúdos produzidos pela Consultoria, acesse www.deloitte.com.br

Mais acessadas

Para saber mais sobre ESG e outros estudos da Deloitte, acesse o link e cadastre-se