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Estadão Blue Studio

Millennials: agentes de mudança nas organizações

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2 de agosto de 2016

Diante de um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico, é natural a necessidade de se ajustar rapidamente às mudanças e tendências. Novas tecnologias, globalização, mercado competitivo, instabilidade econômica e uma série de outros fatores exigem das empresas um olhar atento às suas melhores práticas de governança corporativa, o que inclui a gestão de pessoas.

Neste sentido, gestores de capital humano vivenciam o desafio de lidar com uma crescente geração de profissionais que, motivados e engajados, podem representar uma grande força de trabalho e diferencial às empresas. São os “Millennials”.

“Nascidos após 1982, estes profissionais têm hoje até 34 anos e podem ser importantes agentes de mudança nas organizações. São profissionais bastante comprometidos com seu trabalho quando se identificam com os propósitos da empresa e se adaptam muito facilmente a mudanças, o que hoje em dia é essencial”, destaca Renata Muramoto, sócia-líder da área de Talent da Deloitte.

A pesquisa global da Deloitte “The Millennial Survey 2016”, em sua quinta edição, mostra que 50% dos profissionais hoje são da geração Millennials. Em 2020, acredita-se que 75% da força de trabalho estará com estes jovens.

Retenção de talentos

Caso não encontrem nas organizações a satisfação de seus ideais, estes jovens buscam novos caminhos com muita facilidade. As empresas, portanto, precisam mudar a forma de conquistar a lealdade destes profissionais ou correm o risco de perder grande parte de seus futuros líderes.

Segundo a pesquisa, 44% dos Millennials (também conhecidos como Geração Y ou Geração da Internet) esperam deixar suas organizações atuais até 2018. O percentual cresce para 66% quando o período é ampliado para 2020.

E o que buscam os Millennials?

Maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal;
Maior flexibilidade (75% dos jovens gostariam de poder trabalhar em suas casas ou outros lugares em que se sintam mais produtivos);
Desenvolvimento de habilidades de liderança;
Negócios mais focados nas pessoas (colaboradores, clientes e sociedade), nos produtos e no propósito;
Mais tempo para desenvolver novos modelos de trabalho;
Mais monitoramento e atenção por parte de seus líderes.

Via de mão dupla inspira lealdade

Antes, buscava-se a estabilidade, o salário. A mentalidade desta nova geração é outra e os líderes precisam estar preparados para compreender estas novas aspirações”, explica Renata.

Para a executiva, é necessário estabelecer um convívio, uma via de mão dupla que incentive o engajamento, o comprometimento e a lealdade. De acordo com a pesquisa, para 63% dos Millennials, suas habilidades de liderança não estão sendo completamente desenvolvidas.

Renata Muramoto relata a importância de sinalizar aos novos profissionais perspectivas de crescimento e oportunidades em cargos de liderança, com o devido preparo para assumir responsabilidades. “Deve-se estabelecer uma gestão mais participativa, mostrando a esta geração qual o propósito, o motor da companhia”.

Considerando o momento atual ela explica que as companhias devem mostrar aos seus profissionais que valorizam o aspecto humano, porém, necessitam também de margem para avançar no mercado, deixando claro que é necessário crescer, inovar, investir e competir. E finaliza: “ao pensar em lucro e gestão de pessoas, é preciso entender que um tema não está dissociado do outro”.

Para acesso à pesquisa “The Millennial Survey” 2016, bem como a outros estudos e dados da Deloitte, acesse: www.deloitte.com.br.

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