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Estadão Blue Studio

Inovações digitais aceleram reestruturação organizacional

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7 de junho de 2016

As inovações do mundo digital têm influenciado e modificado substancialmente as estratégias de gestão de talentos, assim como toda a concepção de estrutura organizacional nas empresas – um movimento que incide cada vez mais também sobre a construção de modelos de governança.

O impacto das tendências digitais nesse campo foi um dos destaques da edição 2016 do estudo “Tendências Globais de Capital Humano: A Nova Organização – Conceitualmente Diferente”, realizado pela Deloitte, que aponta dez grandes tendências para a área de Recursos Humanos, a partir da participação de mais de 7 mil líderes de RH e de outras áreas de negócio em todo o mundo. No Brasil, participaram 378 executivos.

Em resposta à disruptura provocada pela tecnologia digital, aos novos modelos de negócios e às modificações do perfil da força de trabalho, 92% dos líderes e dos gestores de RH identificaram que necessitam reestruturar suas organizações para se adequarem às demandas globais. E apenas 14% dos executivos acreditam que suas empresas estão preparadas para efetivamente fazer essa reorganização.

A pesquisa também indicou claramente que as empresas estão revisando suas estruturas organizacionais, a fim de se tornarem mais ágeis, colaborativas e focadas no cliente. Entre todos os pesquisados, pela primeira vez, aproximadamente metade (45%) afirmou que suas empresas estavam passando por um processo de reestruturação.

Apesar da intenção manifestada, apenas 21% dos executivos de negócios e de RH se dizem preparados para construir equipes multifuncionais, e apenas 12% entendem o modo com que as pessoas trabalham em conjunto atualmente. “Como uma organização precisa manter seu ritmo e, ao mesmo tempo, encontrar a agilidade necessária para envolver seu ecossistema, passa a ser essencial empoderar equipes, desenvolver metodologias de gerenciamento modernas e propor estruturas de liderança novas e inclusivas, como forma de se reinventar. O objetivo final é inovar para competir e prosperar”, diz Roberta Yoshida, sócia de Consultoria em Gestão de Capital Humano da Deloitte Brasil.

Em uma leitura específica para o Brasil, Roberta afirma que “a estrutura organizacional é vista como extremamente importante, em linha com a importância dada a essa tendência globalmente. Em segundo lugar, os brasileiros aferem igual importância à liderança e ao aprendizado, seguido pela cultura”.

Com base nessas tendências, os modelos de liderança estão mudando e as organizações estão desconstruindo a clássica gestão das pirâmides, sistema hierárquico que vigorou por décadas. “A realidade no Brasil acompanha o ritmo acelerado das mudanças, reais e inovadoras, e o progresso que está acontecendo em um movimento global”, diz Roberta Yoshida.

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